Ministro da Cultura participou em lançamento na Biblioteca América do Sul-Países Árabes

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

São Paulo – "O livro e a literatura são instrumentos imprescindíveis não apenas para a aproximação entre as pessoas, mas entre povos inteiros", afirmou ontem (24) o ministro da Cultura, Gilberto Gil, no lançamento do primeiro livro da Biblioteca América do Sul-Países Árabes (Bibliaspa) no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A obra "Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali", de Paulo Farah, professor da Universidade de São Paulo (USP), foi editada em português, árabe e espanhol.

O livro, uma tradução comentada de um manuscrito feito pelo imã Abdurrahmán Al-Baghdádi, nascido em Bagdá, e que viveu no Brasil de 1865 a 1868, é fruto de uma parceria dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores com as bibliotecas nacionais de Argel, Caracas, Rio de Janeiro e Biblioteca Ayacucho, da Venezuela, que foram responsáveis por sua edição. A obra teve também o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

De acordo com o ministro, o lançamento do livro marca o nascimento da Bibliaspa, iniciativa lançada durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), realizada em maio de 2005. Segundo Gil, a biblioteca tem como objetivo fomentar o diálogo cultural em torno dos estudos das ciências sociais, da literatura e das artes que unem intelectuais e artistas da América do Sul, África e dos países árabes. "Esse manuscrito que nos chega hoje (ontem) nos serve de instrumento para chegarmos a um futuro de ainda mais aproximação entre sul-americanos e árabes", afirmou.

O ministro disse ainda que os sul-americanos e os árabes já se conhecem há muito tempo e que há mais de 150 anos os árabes participam ativamente da construção e do desenvolvimento dos países e contribuem cultural, econômica e politicamente para as sociedades sul-americanas.

No encontro também estava presente o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que lembrou das viagens realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos países árabes, da iniciativa da realização da cúpula árabe sul-americana e da nova cúpula que deverá ser realizada no próximo ano. "Esse diálogo tem uma raiz muito óbvia, pois o elemento constante em todos os países sul-americanos é a presença árabe. Os árabes foram também um traço de união na América do Sul", disse Amorim.

Ambos os ministros elogiaram a obra de Farah e a iniciativa da biblioteca. Na cerimônia também se falou das próximas obras que estão sendo editadas, como um livro de contos árabes e sul-americanos; uma coleção de 10 livros de ciências humanas sobre os países árabes e os sul-americanos; e uma tradução do português para o árabe do romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, um dos mais importantes livros da literatura brasileira.

A cerimônia foi marcada também pela exposição de 38 quadros e gravuras do século 19, que retratam o Brasil da época. As imagens são acompanhadas por trechos do manuscrito traduzido por Farah. Segundo ele, a exposição vai circular por outros países como Argentina, Chile, Venezuela, Bolívia, Líbano, Síria, Egito e Kuwait. No discurso de Farah, ele fez ainda um agradecimento especial à Câmara Árabe pelo apoio e incentivo recebido durante a edição do livro. 

No encontro, também estavam presentes o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, os embaixadores árabes e sul-americanos no Brasil, e Ânuar Nahes, que vai assumir o cargo de embaixador brasileiro no Catar, mas até recentemente era o coordenador de seguimento da Cúpula Aspa no Itamaraty.


Marina Sarruf
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16324

Um olhar árabe sobre o Brasil Império

terça-feira, 23 de outubro de 2007

São Paulo – O único registro conhecido do olhar de um árabe muçulmano sobre a sociedade brasileira do século 19. Este é o conteúdo do livro "Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali", que será lançado amanhã (24) no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Trata-se da tradução comentada de um manuscrito feito pelo imã Abdurrahmán Al-Baghdádi, nascido em Bagdá e criado na Síria, sobre os três anos em que viveu no Brasil, de 1865 a 1868.

As traduções, comentários e análises, feitas pelo professor Paulo Farah, da Universidade de São Paulo (USP), foram reunidas em um único volume que traz os textos em três idiomas: português, árabe e espanhol. O livro é o primeiro da Biblioteca América do Sul-Países Árabes, iniciativa lançada durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), realizada em maio de 2005, e foi editado pelas bibliotecas nacionais de Argel, Caracas, Rio de Janeiro e pela Biblioteca Ayacucho, da Venezuela.

"Creio que o livro é uma fonte muito importante não só para entender a presença árabe e muçulmana no Brasil, mas também para outras áreas de estudo, como a lingüística, história, geografia, entre outras", disse Farah à ANBA. Embora tenha sido escrito totalmente em caracteres árabes, o manuscrito contém palavras em diversas línguas além do árabe, como turco-otomano, persa, grego, francês, português e tupi, com as quais Al-Baghdádi travou contato durante seus estudos e viagens.

Em especial, Farah destaca a importância da obra para o estudo da história social da escravidão no Brasil. Durante a maior parte do tempo em que esteve no país, o imã conviveu com escravos muçulmanos vindos da África, entre eles remanescentes da revolta do malês, levante de escravos urbanos ocorrido em 1835, em Salvador.

"Isto nos ajuda a compreender um pouco mais os mecanismos da escravidão no Brasil, o cotidiano dos escravos visto por alguém que conviveu intimamente com esta realidade e teve acesso a tais informações", afirmou o professor.

Além de autoridade religiosa, Al-Baghdádi era também um erudito que estudou literatura, jurisprudência, teologia, árabe e persa. Portanto, mais do que observações sobre religião e de cunho social, o imã fez relatos sobre a fauna, a flora, a cultura e a organização política do Brasil. Vindo do império otomano, que na época dominava boa parte do Norte da África e do Oriente Médio, o autor viu o país também com olhos de alguém acostumado com a diversidade étnica, cultural e religiosa. "Ele reproduziu o olhar de alguém que respeita uma sociedade plural", disse Farah.

Todos estes fatores fizeram com que o relato de Al-Baghdádi fosse diferente daqueles feitos por viajantes europeus e norte-americanos da mesma época. Ao falar sobre a estrutura social brasileira e da burocracia imperial, por exemplo, ele analisa a proibição, na época, da prática de religiões não católicas e de que maneira isto influía no dia a dia dos escravos, com orações clandestinas, e na organização destes povos. Segundo Farah, como religioso, o imã procurou destacar a grandiosidade da obra divina no Brasil.

"(Os muçulmanos de Pernambuco) possuem uma forte inclinação para os quadrados mágicos, a geomancia, a numerologia e o sentido místico das letras árabes. Por causa disso, escondem-se menos do que (os muçulmanos) nas primeiras cidades (Rio de Janeiro e Salvador), pois os cristãos confiam muito neles e acreditam no que eles demonstram de suas intenções", diz o imã em uma das passagens do manuscrito. Em sua estada no Brasil ele morou no Rio, Salvador e no Recife.

Sobre o estado brasileiro, Al-Baghdádi relata: "É um território que pertence à América do Sul. Foi conquistado pelos filhos de Portugal, que desprenderam um grande esforço para erguer e embelezar suas construções e sua arquitetura. Depois disso, nomearam um dos filhos de seus reis para governar o país. Mas ele se apoderou (do governo do Brasil), opôs-se ao pai e tornou-se independente dele." O trecho refere-se a D. Pedro I, que proclamou a independência do país em 1822.

Ao falar do sabor e da aparência das frutas brasileiras, o imã as compara com plantas existentes no Oriente Médio, como romã, tâmaras, uvas e nozes. "Neste país há uma árvore do tamanho da grande nogueira; ou melhor, é ainda maior. Possui frutos maiores do que a abóbora, pendurados no tronco e nos grossos galhos da árvore. A parte externa assemelha-se à pele de um crocodilo e seu interior, a olho, tem o aspecto de uma romã, embora a semente seja como uma tâmara, e no interior de cada semente há um núcleo semelhante (à semente). Seu sabor se parece com um doce feito de farinha e mel", diz ele em outra passagem, provavelmente se referindo à jaqueira e à jaca.

Viajantes

Al-Baghdádi chegou ao Brasil a bordo de um navio do Império Otomano vindo de Istambul. Originalmente ele deveria seguir viagem para Basra, hoje parte do Iraque, mas decidiu ficar após saber da presença de muçulmanos no país. "No segundo dia, os oficiais de nossas forças militares islâmicas saíram para inspecionar esta magnífica cidade (Rio de Janeiro), e assim, quando me dirigi ao porto e contemplava as imagens e as feições, um negro veio a mim e disse 'as-salámu alaykum' ('que a paz esteja contigo', tradicional saudação muçulmana). Ele reservou sua saudação a mim apenas e não para as demais pessoas, pois minha roupa integrava um turbante e um traje formal e evidenciava o aspecto de erudição", relata o imã.

Segundo Farah, depois de passar três anos no Brasil, Al-Baghdádi iniciou sua viagem de volta. Passou por Lisboa, Gibraltar, Argel, Alexandria, fez a peregrinação a Meca, visitou sua família em Damasco e finalmente chegou a Istambul. E foi numa biblioteca da cidade turca onde o professor brasileiro encontrou o manuscrito original.

Farah topou pela primeira vez com uma menção ao manuscrito há cerca de 10 anos, quando morava na Síria. Três anos depois, após pesquisas na Síria, Iraque e Turquia, encontrou o documento em Istambul. "As narrativas de viagem me interessam muito. Quando encontro alguma coisa que me desperta o interesse eu vou atrás, para ver se o interesse se confirma", disse.

E se confirmou. Quando encontrado, o manuscrito, segundo o professor, estava em boas condições de conservação. Escrito em linguagem rebuscada e em alguns trechos poética, o documento consumiu sete anos de trabalho desde sua liberação pela biblioteca turca até a publicação do livro. Farah se dedica muito ao estudo de documentos escritos em línguas não-européias, tendo inclusive uma coleção deles.

Descendente de árabes, Farah, de 35 anos, é professor de graduação e pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, diretor do Centro de Estudos Árabes da Universidade e da Biblioteca Aspa. Ele já escreveu outros livros, como "O Islã, glossário de termos islâmicos" e "ABC do Mundo Árabe", uma obra didática para crianças. Ele também já traduziu publicações como "O Beco do Pilão", de Naguib Mahfuz, egípcio Prêmio Nobel de Literatura que morreu no ano passado.

Durante cinco anos Farah morou na Síria, Egito e no Kuwait. Durante suas viagens, ele já esteve nos 22 países árabes.

Serviço

"Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali"
De Paulo Daniel Elias Farah
Editada pelas bibliotecas nacionais da Argélia, Caracas, Rio de Janeiro e pela Biblioteca Ayacucho, da Venezuela
Volume trilíngüe (árabe, português e espanhol) com 480 páginas



Alexandre Rocha
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16294

Sete mulheres integram novo governo marroquino

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

São Paulo - Sete mulheres fazem parte do novo governo marroquino. Abbas El Fassi foi nomeado na última segunda-feira (15) como primeiro-ministro do país árabe. El Fassi foi designado para o cargo pelo rei Mohammed VI após a vitória do seu partido, o Istiqlal, que quer dizer Independência, nas eleições legislativas ocorridas no último mês.

Entre as mulheres que ocupam cargos no novo governo estão a ministra da Saúde Yasmina Baddou, a do Desenvolvimento Social, Família e Solidariedade, Nouzha Skalli, a secretária de estado para Assuntos Estrangeiros e Cooperação, Latifa Akharbach, e a secretária de Estado para o Ensino, Latifa Labida. A informação foi publicada na imprensa africana.


http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16255

Mauritânia e Tunísia lançam nova empresa aérea

Brasília – Uma nova companhia aérea, a Mauritanian Airlines, vai ser inaugurada nas próximas semanas com capital de US$ 10 milhões da Tunísia e da Mauritânia. As informações foram publicadas pelo jornal árabe Al-Sharq.

A nova empresa, que deverá atender rotas regionais e internacionais, é resultado de uma parceria entre o governo da Mauritânia, o setor privado do país e a companhia aérea tunisiana Tunisair. A Tunisair terá uma participação de 51%; o banqueiro e presidente da Câmara de Comércio da Mauritânia, Mohamed Ould Bouamatou, uma fatia de 39%; e o governo mauritano outra de 10%.

A criação da linha aérea foi anunciada após o governo da Mauritânia ter decretado a liquidação da Air Mauritanie, empresa estatal do país que tinha uma dívida de US$ 2,7 milhões em aluguéis de aeronaves. O vôo inaugural da Mauritanian Airlines está previsto para 08 de novembro deste ano.

A liquidação da Air Mauritanie ocorreu apesar de manifestações contrárias por parte da oposição do país, liderada pelo presidente da Coligação das Forças Democráticas (RFD), Ahmed Ould Daddah, segundo a agência de notícias africana Panapress. Um grupo de investidores britânicos, juntamente com o empresário local Sid'Ould Abeidna, ainda discute com o governo a possibilidade de relançar a companhia, de acordo com a agência de notícias Reuters.

Tunisair

A Tunisair, que terá a maior parte da nova empresa, foi fundada em 21 de outubro de 1948 e operou inicialmente com uma frota de aviões alugados da Air France. Em 1962 foi inaugurado o Aeroporto Internacional de Túnis, permitindo o pouso e decolagem de aviões Boeing. A Tunisair adquiriu seu primeiro Boeing em 1971.

De lá para cá, a companhia ampliou seu número de rotas e hoje atende cerca de 50 destinos. Ela tem uma frota de 29 aeronaves de última geração, sendo 18 Boeings e 11 Airbus.

Air Mauritanie

Fundada em 1973, a Air Mauritanie vinha enfrentando dificuldades operacionais. Em setembro deste ano, a estatal mauritana teve dois de seus aviões apreendidos no aeroporto parisiense de Orly, na França, pela International Leasing Finance Corporation (ILFC), com a qual tinha a dívida de US$ 2,7 milhões, segundo a Panapress.

*Tradução de Gabriel Pomerancblum e Silwan Abbassi


http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16261

Filmes árabes estão em mostra de São Paulo


São Paulo – Filmes produzidos por países árabes estão na programação da 31ª Mostra Internacional de Cinema que começa nesta sexta-feira (19) e segue até 01 de novembro na cidade de São Paulo. Os filmes serão exibidos em 15 locais da capital paulista. como Espaço Unibanco, Centro Cultural São Paulo, Memorial da América Latina, HSBC Belas Artes, Reserva Cultural. Em cinco locais, como Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Memorial da América Latina e Vão Livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP).

Entre as produções árabes que integram a programação estão o argelino A Casa Amarela, de 2007 e direção de Amor Hakkar. O filme conta a história de uma família que tenta resgatar o corpo de um dos filhos, um policial morto em um acidente. Outro filme árabe é Ali Zaoua, marroquino feito no ano 2000, que conta a história de meninos de rua. Também Caos, dos diretores Youssef Chahine e Khaled Youssef, uma produção egípcia e francesa, faz parte da mostra. O filme conta a história de uma cidade que convive com um chefe de polícia autoritário. A única pessoa que aplaca a fúria do homem é a jovem professora da cidade, por qual ele é apaixonado e que por sua vez, gosta de um promotor público.

Há ainda outros filmes integrando a mostra internacional. Ela terá mais de 350 produções de várias partes do mundo, inclusive filmes brasileiros. A maior parte dos filmes é inédita no Brasil, nunca foi exibida em salas nacionais. Maiores informações sobre a programação podem ser obtidas pelo site www.mostra.org. Durante o evento também serão promovidos prêmios, como na área de imagem, na qual concorrem as produções brasileiras, e oficinas de cinema para o público interessado na área.


http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16265

Carioca lança livro sobre idioma árabe em Portugal


São Paulo – O carioca João Baptista Vargens vai lançar no próximo mês, em Portugal, um livro sobre a herança árabe no idioma português. A obra, chamada "Léxico português de origem árabe – subsídios para os estudos de filologia", será lançada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no dia 12 de novembro. A publicação teve como origem a tese de doutorado que Vargens fez na instituição, há cerca de sete anos. O trabalho acadêmico foi aprimorado e transformado em livro. Ele será publicado pela Almádena Editora, do Rio de Janeiro, que é de propriedade do autor e tem como foco temas da cultura árabe.

Na obra, Vargens lista palavras em português que tiveram origem no idioma árabe e explica a evolução fonética pela qual passaram até chegar ao português. De acordo com o autor, o árabe é o segundo idioma de maior influência no português após o latim. No livro, Vargens também relata como as palavras vieram parar no vocabulário dos brasileiros. De acordo com o editor, tudo começou com a presença árabe na Península Ibérica, entre 744 e 1492, quando as palavras em árabe se disseminaram na região. O passo seguinte, que aproximou o árabe do português, foi a expansão portuguesa no mundo árabe, a partir de 1415.

O idioma árabe também influenciou o português, segundo Vargens, por meio de outros idiomas, como o francês, o espanhol e o italiano, o que ocorreu nos séculos 18 e 19. No próprio Brasil, a língua árabe entrou primeiro por meio de negros muçulmanos, chamados malês, a partir de 1850, e depois pela imigração síria e libanesa. Com esses imigrantes, segundo Vargens, chegaram principalmente as palavras da culinária, parte do árabe levantino, falado na Palestina, Síria, Líbano e Jordânia.

Muitas palavras, porém, ganharam no português um sentido diferente do empregado no árabe. É caso, relata ele, da palavra "azar", que originalmente quer dizer flores - azhar. Ela ganhou sentido de má sorte, no português, por causa de um jogo de dados praticado na Idade Média. O dado levava diferentes tipos de flores em cada uma das suas faces. Ele era lançado e ganhava o apostador que acertava a tipo de flor que ficaria na parte superior do objeto. Como no jogo das flores eram apostadas grandes fortunas, a palavra veio para o português com o sentido de má sorte. Algumas palavras também tiveram evolução fonética para se adaptar ao novo idioma, caso de alface, que em árabe é al-hasat.

Para concluir sua obra, o carioca analisou dicionários de português publicados de 1950 para cá. No total, incluindo dicionários e outros tipos de livros, foram 250 títulos consultados em línguas ocidentais e em árabe. O livro tem 272 páginas e custará R$ 55. Em Lisboa, Vargens pretende fazer convênio com uma livraria local para distribuir a obra. Este é o segundo lançamento da Almádena Editora. O primeiro, também de autoria de Vargens, foi Português para Falantes de Árabe, lançado no começo deste ano. O próximo deve uma terceira edição do livro de contos "À sombra das tamareiras", de Humberto Campos.  

No Brasil, o lançamento do livro Léxico no Brasil deve ocorrer logo após o de Portugal, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A partir deste mês, porém, Vargens já começará a fazer palestras itinerantes sobre o assunto do livro para estudantes de Letras. Serão visitadas, até o final de dezembro, faculdades e universidades da capital paulista. As instituições interessadas em receber a palestra devem entrar em contato com a Almádena pelo telefone (21) 3634-7637 ou pelo e-mail almadena@uol.com.br . Vargens é professor do Setor de Estudos Árabes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj).

Serviço

Léxico português de origem árabe – subsídios para os estudos de filologia
Autor: João Baptista de M. Vargens
Editora: Almádena
Páginas: 272
Preço: R$ 55


Isaura Daniel
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16226

Seleção de professores interessados em dar aulas de português e cultura brasileira no país árabe

O Ministério da Educação e o Itamaraty estão fazendo uma seleção de professores interessados em dar aulas de português e cultura brasileira no país árabe. As inscrições estão abertas até 08 de novembro. O profissional escolhido vai atuar na Universidade de Oran, uma das dez maiores cidades argelinas.

Divulgação
Brasileiro vai atuar na Faculdade de Línguas Estrangeiras da Universidade de Oran
Brasileiro vai atuar na Faculdade de Línguas Estrangeiras da Universidade de Oran

São Paulo – O Ministério de Educação (MEC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) estão com as inscrições abertas para brasileiros interessados em dar aulas de português e cultura brasileira na Argélia. O processo é levado adiante pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC, e pelo Departamento Cultural do Itamaraty. Os interessados podem se inscrever até o dia 08 de novembro, de acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Capes. A pessoa selecionada vai dar aulas na Universidade de Oran, cidade no Noroeste da Argélia.

A Capes está procurando alguém que tenha mestrando em língua portuguesa, literatura brasileira ou lingüística, experiência no ensino do idioma português para estrangeiros, além de domínio do francês, um dos idiomas oficiais do país árabe. O profissional terá direito a passagem aérea de ida e volta e auxílio financeiro mensal de US$ 1,5 mil. A Universidade de Oran ficará encarregada de providenciar acomodação para o professor. A Capes faz a análise dos currículos recebidos e os pré-seleciona, mas é a instituição argelina que avalia os pré-selecionados e faz a escolha final, segundo o edital do processo.

De acordo com o ministro do Departamento Cultural do Itamaraty, Jorge Kadri, essa avaliação no Brasil é feita por doutores convidados pela Capes. Eles selecionam três pessoas, de acordo com o perfil solicitado pela universidade, e a instituição estrangeira, então, faz a sua escolha entre essas três. O professor, segundo Kadri, envia relatórios periódicos das suas atividades ao Departamento de Promoção da Língua Portuguesa, ligado ao Departamento Cultural do Itamaraty. Ao final de dois anos, de acordo com a vontade da universidade, o contrato pode ser renovado por mais dois anos.

Kadri afirma que esse processo de escolha de leitores, como são chamados os professores enviados para lecionar língua portuguesa e cultura brasileira, é feito duas vezes por ano. Na edição em curso também serão escolhidos profissionais para atuar em Angola, Bolívia, Eslovênia, Guiana, Jamaica e Paraguai. Todos precisam ter nacionalidade brasileira, experiência no ensino da língua portuguesa para estrangeiros, fluência na língua do país para o qual irá, ter 18 anos no mínimo e estar em dia com obrigações militares.

Segundo o ministro do Departamento Cultural do Itamaraty, normalmente o processo começa com a manifestação de interesse da universidade, que encaminha o seu pedido por meio das embaixadas ou consulados do Brasil no país. O Ministério de Relações Exteriores é quem banca o auxílio financeiro ao professor no período em que ele estiver atuando no exterior. "O objetivo é divulgar a língua portuguesa e a cultura brasileira", diz Kadri.

Oran, no Mediterrâneo

A Universidade de Oran, na Argélia, começou as suas atividades em 1961 como uma escola de medicina. Em 1965, já com a criação de outros cursos, ela se tornou formalmente um centro universitário. Hoje abriga a Faculdade de Direito, Ciências Políticas e Relações Internacionais, Faculdade de Ciências Sociais, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências Econômicas e Gestão, Faculdade de Letras, Línguas Estrangeiras e Artes, Faculdade de Ciências Humanas e Civilização Islâmica, além da Faculdade de Ciências da Terra, Geografia e Manejo de Solo. Ela oferece cursos de graduação e também de pós-graduação.

Oran é a capital de uma província argelina que leva o mesmo nome. A cidade fica na costa do Mediterrâneo e é o maior ponto comercial e industrial de toda a região Oeste da Argélia. Ela está entre as dez maiores cidades do país árabe. O governo brasileiro tem promovido aproximação com a Argélia, não apenas na área cultural e educacional, mas também no setor econômico.

Serviço

Acesse o edital no site: www.capes.gov.br/bolsas/cooperacao/multinacional/leitorado.html



Isaura Daniel
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16271

carreira profissional

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Agora para galgar novos degraus em sua carreira profissional foram lançando diversos cursos de atualização.

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Duração: 1 ano integral 
 
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Festival árabe reúne mais de 7 mil pessoas em Campinas

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O evento atraiu desde crianças a empresários que tinham interesse em saber um pouco mais sobre a cultura dos países árabes. A mostra, que teve como objetivo comemorar os 26 anos de cultura árabe na cidade, contou com diversas atrações culturais.

Celso de Menezes
Mostra cultural árabe em Campinas: de música a artesanato
Mostra cultural árabe em Campinas: de música a artesanato

Da redação

São Paulo – O evento "Campinas, 26 anos de Cultura Árabe", que terminou ontem (14) em Campinas, interior de São Paulo, atraiu pessoas de várias idades e de diferentes ocupações. De quinta-feira a domingo, o Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes foi palco de espetáculos de danças, músicas, poesias, culinária e artesanato árabe.

A mostra foi aberta pelo prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, pela embaixadora da Palestina em Brasília, Mayada Bamie, e pelo organizador do evento, El Khatib, do Instituto Jerusalém do Brasil.

Mayada falou que Campinas é irmã da cidade palestina Jericó e que era um prazer fazer parte da cerimônia de abertura do evento, que reuniu cerca de 600 pessoas. Também estavam presentes na cerimônia o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, e o diretor da entidade, Bechara Ibrahim.

O evento, decorado com tendas árabes, também ofereceu aos convidados produtos árabes, como tapetes, narguilés e bijuterias. Os visitantes também puderam conhecer, por fotos, um pouco mais sobre os países árabes. Desde a abertura do evento, a mostra reuniu mais de 7 mil visitantes.


[15/10/2007 - 18:02]
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16212

Marketing de Relacionamento

Há quase três anos trabalho com marketing mas não gosto de comentar assuntos profissionais aqui no meu blog por isso é a primeira vez que falo isso.

No meu dia à dia realizo ações de marketing de relacionamento, uma delas é o desenvolvimento de brindes, pesquisando hoje sobre o assunto encontrei esse texto e achei interessante.
[4/9/2007] - Além de diferencial competitivo de mercado, os brindes promocionais atuam como ferramenta do marketing relacional Autor:

Roberto Marinho - diretor de contas da PPI Wordwide - Promoções Premier Internacional.

 
Quando se imagina que os produtos e serviços, mesmo que, de marcas diferentes, estão muito parecidos enfrentando uma forte pressão para a redução de preços, imaginamos logo, o cenário ideal para um campo de batalha, num palco chamado marketing promocional, e, uma guerra com o nome de preços. Uma pergunta rápida para ser respondida: Onde está à milícia, linha de frente, que irá ajudar nessa batalha? Minha resposta: Brinde promocional.
 
Os brindes promocionais, ou "premiuns" - como muitos preferem-, além de diferencial competitivo de mercado, atuam como ferramenta do marketing relacional, dando sua contribuição às marcas e levando às empresas atuarem de forma absoluta e se tornarem a queridinha do consumidor final, lá no PDV, no ato da compra. Neste momento, alguns segmentos e empresas percebem a valiosa contribuição que os brindes promocionais dão às marcas quando se fala na elevação do volume de vendas, além de gerar nova experimentação e fidelização do consumidor final.
 
Os segmentos: alimentício de consumo de massa, o da música, o do futebol, o editorial, dentre outros, são os primeiros a utilizar essa ferramenta promocional e comunicacional. Com os resultados positivos, vivem uma euforia chamada elevação na curva de vendas. Portanto, contrariando muitas vezes, dados da própria economia o setor de brindes promocionais, vai muito bem, obrigado e está em franco crescimento. Eu arrisco dizer que estamos vivendo a era do brinde storm.
 
Ao analisar o potencial de retenção que os brindes promocionais promovem, pode-se assegurar que eles são capazes de gerar um impacto positivo, imediato, além de trazer um resultado final na conquista de preços, sem falar que, se o item escolhido consegue atender um desejo inconsciente que o consumidor carrega, ele vira uma febre e daí mania nacional e internacional.
 
Grata surpresa - Assim como o brinde pode ser uma grata surpresa para o consumidor final lá no PDV, ele também pode torna-se uma forte ameaça às marcas se for percebido como algo banal e sem apelo. Se isso ocorre vemos nascer mais uma ação de comunicação saturada, e o item deixa de ser objeto de desejo, logo não é uma mania. Como se concebe um item de sucesso? Outra pergunta que alguém, mais que rapidamente, faria. Para as indústrias e empresas de serviços, donas de grandes marcas e os players do mercado de brindes, a solução para que seja evitada a saturação e uma ação promocional fracassada, recomenda-se o planejamento estratégico de cada ação e a escolha de um item exclusivo, aceito pelo consumidor. Se for criança, pelos pais que tem o poder de compra e influência sobre a criança.
 
Veja o exemplo que tenho para contar. Planejei uma ação que achei seria à volta de uma mania nacional. Todos acharam a idéia genial. Sobretudo, tive o ímpeto de perguntar às crianças, aos pais e depois as mães dessas crianças. Até então, tudo pronto para o início do planejamento de comunicação e a confecção do item. Por meio de pesquisas, os meninos gostaram do item, os pais também, eles sentiram uma volta à infância. Para resumir, cem por cento de aprovação. Curiosamente, quando fomos perguntar às mães. Elas disseram "de forma nenhuma, meu filho brinca dentro do apartamento", e daí surgiu uma série de restrições. Notamos também, que, nesse caso, a mãe era a responsável pela compra do item. Logo, a promoção poderia não ter o sucesso desejado. Diante do risco, reavaliamos o conceito e postergamos a ação, que, aliás, ainda não aconteceu.
 
Em épocas de crise - Em épocas de crise, as empresas deveriam buscar comunicar-se com os clientes muito mais, melhor e por menos dinheiro. Nesse cenário, os brindes são os investimentos ideais. São possíveis grandes campanhas, com elevadas quantidade de brindes e baixo custos. Portanto, as promoções com a entrega de brindes continuam sendo uma excelente alternativa ao investimento nos planejamentos de mídia. Aliás, muito eficaz e mais econômico.
 
Ainda que existam empresas preferindo motivar à compra por meio de oferta de produto (único meio que encontram para escoar stocks elevados), outras preferem apostar mais fortemente, em promoção. Prova disso, basta entrar em supermercados, farmácias, e observa o PDV na cadeia de varejo para concluirmos que todos querem brindes.
 
Há alguns anos neste segmento, observo um cenário de crescente procura pelo brinde promocional. Se observarmos, está havendo um aumento no investimento por parte das grandes empresas, o que justifica, muitas vezes, indicadores do consumo em geral diminuírem. Numa lógica de marketing, a redução do poder de compra obriga as marcas destinadas ao grande público incrementar políticas de diferenciação dos seus produtos e serviços. Sendo que, o mercado de brindes torna-se o mais competitivo em termos de preço e com melhor relação custo/benefício/retorno/fidelização à marca.
 
Portanto, está implícito que existe uma crescente aposta nas ações de comunicação, com foco nos brindes promocionais, mesmo que os budgets sejam, em absoluto, mais reduzidos. Nota-se, maior canalização de recursos para esta solução, em detrimento de outras ações. Daí considera a surgimento de uma grande e nova onda que estão chamando de brinde storm.
 
Acredito que, o principal atrativo do brinde reside na difícil e inexplicável capacidade de vender um determinado produto pela sua simples junção. Por isso, fica fácil afirmar que a aposta das marcas em brindes, tem uma meta definida, onde o primeiro objetivo é sempre o mesmo: vender mais! Em seguida, vem o mais importante: manter as vendas em alta, porque na verdade os brindes significam um valor acrescentado ao produto, diferenciando-o da concorrência. Resta saber se este elenco de argumentos distintos que agregam realmente valor é também percebido pelos clientes.
 
Finalmente, o que motiva os clientes e para que um brinde tenha realmente sucesso, é necessário que se pense em produtos de qualidade, com design e cor exclusivos. Na minha visão, brindes devem ser objetos de uso e criados sob medida para que não sejam imitados e com preços baixos a fim de que se possa oferecê-los massivamente.

Cultura árabe no Espaço CPFL em Campinas


Qua | 24 de Out | 20h

Sarau de Música - Poesia e música árabe

Apresentação de música e recital de poesia cantada árabe. Participação de convidados especiais.


Ter | 30 de Out | 20h

Dança| A Corda da Alma | Com Isis Zahara e Sami Bordokan Essemble, Síria/Líbano/Brasil

Obra poética criada a partir de melodias arabo-andaluzas do séc XIII, folclore e clássicos da música árabe contemporânea. O diálogo entre música e poesia será interpretado através da dança.



Entrada franca

Endereço e Telefone
Rod. Campinas Mogi-Mirim, Km 2,5
Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632 - Portaria IV
Chácara Primavera
CEP - 13087-490
Telefone (19) 3756-8000

Usf

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Poderia dizer "não vá", vamos mudar o mundo, somos tão rebeldes.
Mas eu não sei, o que tanto te aflige.
... acho que me amas.

Eu não entendo.
Eu não posso fazer nada para te ajudar, então foi melhor assim.
Esta é minha desculpa.

Não posso sequer culpá-lo por covardia, se sou tanto quanto você.
Queria te dizer tantas coisas, verdades, mas eu escondo junto com a minha saudade.

Acho que perdemos uma grande chance.

No fundo eu queria te jogar na cara que sua desculpa não cola, que você quer fugir de mim porque não me aceita, que é por isso que não enfrenta sua religião e sua família, você não enfrenta nem a si mesmo.

Mas deixa...
Eu também não enfrento!

Eu só sinto saudade, você também? E ficamos esperando o destino...
Se eu fosse Deus, também não intercederia por nós.

Jovens pretendem fazer um documentário sobre identidade árabe

São Paulo – Os árabes são muito mais parecidos com os brasileiros, ou com cidadãos de qualquer outra parte do mundo, do que o senso comum indica. Mulheres árabes também são intelectuais, como as européias, homens árabes também são cristãos, como grande parte dos brasileiros. Com o propósito de desmistificar alguns estereótipos formados no Ocidente sobre o mundo árabe, dois universitários cariocas, estudantes de Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) resolveram colocar sua filmadora na mochila e sair em busca de argumentos para produzir um documentário. Laura Magalhães e Humberto Giancristofado devem concluir até o final do ano um filme que aborda a identidade árabe.

Os dois já tem dez horas de imagens gravadas no Rio de Janeiro e em São Paulo. No filme, vão mostrar entrevistas e contar histórias de descendentes de árabes que recém chegaram no Brasil, de árabes em passagem pelo país e de moradores que há muito tempo vieram do Oriente Médio ou Norte da África para viver em meio aos brasileiros. A intenção é comprovar, segundo Humberto, que existem sim diferenças e particularidades na cultura e modo de viver árabe, mas que as similaridades são muito maiores do que se pensa. Laura e Humberto vão entrevistar árabes que desenvolvem no Brasil atividades iguais a qualquer outro ocidental, como, por exemplo, chefes de cozinha e artistas.

Um dos objetivos é desfazer a idéia de que todos os árabes são muçulmanos e mostrar que eles também são coptas, druzos, cristãos ortodoxos. O filme pretende esclarecer onde as questões étnica e religiosa se encontram e apresentar as diferenças entre uma e outra. "Não é complicado entender", diz Humberto. Os dois futuros filósofos não pretendem fazer um documentário didático, cheio de discurso, mas mostrar, através das imagens e histórias, a sua teoria. Colocar mulheres artistas e intelectuais árabes falando, por exemplo, segundo Humberto, é uma maneira de desfazer a idéia de que elas são sempre oprimidas.

A idéia do documentário partiu de um trabalho acadêmico, mas hoje o projeto, apesar de contar com o auxílio de professores da UFRJ, está desvinculado da universidade. Humberto pensou em fazer o filme a partir de uma disciplina do seu curso, Laboratório de História do Tempo Presente. No laboratório é desenvolvida uma linha de pesquisa sobre identidade nacional dos países da Ásia e da África. A princípio o documentário seria um trabalho de conclusão da disciplina. Humberto, porém, convidou sua colega Laura para participar do projeto e o levou mais além. Agora os dois estão fazendo o documentário por conta própria e farão desde as filmagens até a edição no computador e a distribuição.

Humberto é filho de uma descendente de italianos que nasceu no Egito, mas segundo ele, não foi a descendência o principal motivo que o levou a ter vontade de fazer o filme. "Foi a situação sócio-política. O objetivo do documentário é humanitário. Estamos buscando trazer esclarecimento", diz o estudante de 26 anos. Laura, de 20 anos, não tem origem árabe, mas fez um curso técnico de cinema. Os dois pretendem começar a editar o filme em novembro. Depois a intenção é divulgá-lo em universidades, institutos e festivais, entre outros espaços. Após concluido o documentário, eles querem levar outros projetos de cinema adiante. O filme deve se chamar Sete Véus.


Isaura Daniel
http://www.anba.com.br/orientese.php?id=90

Festival árabe começa hoje em Campinas

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

São Paulo – Faz 26 anos que a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, comemora a cultura árabe. A partir de hoje (11), até domingo, o Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes vai ser palco de exposições, contos, teatros, músicas e danças árabes. "Campinas, 26 anos de Cultura Árabe" é um evento organizado pelo Instituto Jerusalém do Brasil com apoio de diversas entidades, inclusive da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

"A comunidade árabe em Campinas é grande e bem representativa. Os árabes estão presentes em diversas áreas, principalmente nos setores empresarial, acadêmico e político", disse Ali El Khatib, organizador da mostra e superintendente do Instituto Jerusalém do Brasil. Segundo ele, desde a primeira vez que foi realizada uma mostra de cultura árabe na cidade, os eventos sempre tiveram boa aceitação do público. "No ano passado foi aprovada a lei 26/2006, de autoria do vereador Sérgio Benassi, instituindo a 'Semana da Cultura Árabe' no calendário oficial do município", acrescentou El Khatib.

A abertura do evento, que será realizada hoje à noite, será feita pelo prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, e pela embaixadora da Palestina em Brasília, Mayada Bamie, além de El Khatib. Após a cerimônia, haverá apresentações de dança, recital de poesia, música andaluza, teatro e um coquetel para os convidados. Até domingo, os visitantes que passarem pela mostra vão poder conhecer um pouco mais sobre a Palestina, num espaço dedicado ao país árabe; também terão a oportunidade de conhecer os jogos antigos que os árabes jogavam; degustar a gastronomia do mundo árabe; e comprar tapetes e objetos de decoração da região.

Na sexta-feira, vai haver também o lançamento do livro "A Cozinha libanesa do Dia-a-Dia", de Rosely Nassim Jorge Santos. No final de semana, vão ocorrer apresentações de danças folclóricas da Síria, teatro, gastronomia e música árabe, além da feira de artesanato. Durante a mostra, representantes da Câmara Árabe também vão ter um espaço para explicar os serviços da entidade, que tem como objetivo aproximar os árabes e os brasileiros comercialmente.

De acordo com El Khatib, a cultura árabe em Campinas também ajuda na geração de renda e emprego. Nos anos 80, por exemplo, a cidade contava com apenas um restaurante árabe, hoje eles já somam mais 10, além de contar com outros 20 estabelecimentos que também incluíram a gastronomia árabe em seus cardápios. Outro exemplo da diversificação da cultura árabe em Campinas está na dança. "Há alguns anos só havia uma professora de dança árabe. Agora são mais de 30", disse El Khatib.

O Instituto Jerusalém do Brasil também vem contribuindo para divulgar a cultura árabe na cidade. No ano passado, ele deu apoio às Faculdades de Campinas (Facamp) para a criação do núcleo de estudos árabes dentro do curso de Relações Internacionais, que permite aos alunos pesquisarem história, cultura, economia e política dos 22 países da Liga Árabe.

Outro projeto iniciado recentemente pelo instituto é da "Orquestra Jovem de Percussão Árabe", projeto social com parceria do Ministério da Cultura, que ensina crianças carentes e em situação de risco a tocar instrumentos árabes, como o Derbak, principal instrumento árabe de percussão. "Esse projeto tem um papel fundamental de agregar as famílias", disse El Khatib. Na segunda fase do projeto, a idéia é ensinar a dança árabe às mulheres carentes e, como terceira fase, ensiná-las a preparar pratos árabes. "Depois elas podem vender as comidas como forma de gerar renda", acrescentou. Este projeto tem parceria também da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab). "Tudo isso mostra que são 26 anos de trabalho da própria coletividade. Nosso objetivo é a integração da comunidade", concluiu El Khatib.

Serviço

Campinas, 26 anos de cultura árabe
Data: 11 a 14 de outubro
Local: Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes
Endereço: Praça Imprensa Fluminense s/n°, Campinas
Informações: (19) 2116-0743


http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16181

26 anos de Cultura Árabe em Campinas

domingo, 7 de outubro de 2007

Comemorando os 26 anos da Cultura Árabe em Campinas, o Instituto Jerusalém do Brasil realiza entre os dias 11 à 14 de outubro, das 14h às 22h, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes a Semana da Cultura Árabe.

O Evento conta com o apoio de diversas instituições e com a parceria da prefeitura municipal de Campinas, apresentando uma agenda repleta de atrações gratuitas. Seminários de estudos, mostras culturais, exposições, apresentações de música clássica, de dança folclórica e da rica gastronomia árabe.

O intuito da Semana da Cultura Árabe é o de desmistificar e trazer um pouco dos países árabes para a população da cidade de Campinas e região metropolitana. Em 2006 foi aprovado o projeto de lei 26/2006 da Câmara Municipal, criando a Semana da Cultura árabe, incluindo-a no calendário oficial do município.

Um dos destaques do evento é o projeto Roteiro Turístico-Cultural Árabe, um percurso planejado por estudantes da PUC-Campinas em conjunto com o Instituto Jerusalém do Brasil, que passa por sete pontos arquitetônicos da cidade. Estes foram influenciados pela arquitetura árabe, sendo eles: O Coreto da Praça do Teatro Castro Mendes, o Coreto do Largo do Pará, o Palácio dos Azulejos, a Residência da Rua Ferreira Penteado, a Igreja São Charbel, a Mesquita islâmica no Parque São Quirino e o Mercado Municipal.

Serviço - Mostra da Cultura Árabe
QUANDO: 11 à 14 de outubro
HORÁRIO: 14hs às 22h
LOCAL: Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes
ENDEREÇO: Praça Imprensa Fluminense s/n° - Cambuí
Fone: (19) 3232-4168
Informações: por e-mail:culturaarabe@terra.com.br ou nos telefones: (19)3243-8329/ Ali El-Khatib (19) 97742014


PROGRAMAÇÃO

Centro de Convivência:
10 de outubro - quarta-feira, das 10h às 21h: Abertura da exposição exclusiva para alunos da rede pública municipal: literatura, contos e brincadeiras infantis árabes.
11 de outubro - quinta-feira, às 20h: Abertura Oficial para convidados - Teatro e galerias.
12 de outubro - sexta-feira, às 20h - Teatro interno: Teatro e Danças Folclóricas, Lançamento do livro "A Cozinha Libanesa do Dia-a-Dia", de Rosely Nassim Jorge Santos.
13 de outubro-sábado, às 18h30 e 20h30 - Teatro interno: Teatro e Danças Folclóricas.
12,13 e 14 - Das 14h às 21h nas galerias: Exposição e Gastronomia Árabe.

Mercado Municipal:
13 de outubro - Sábado às 10h30: Apresentação de Danças Folclóricas.

Feira de Artesanato Centro de Convivência:
13 de outubro - Sábado às 11h30: Apresentação de Danças Folclóricas.
14 de outubro - Domingo às 11h30: Apresentação de Danças Folclóricas.

Bairro da COHAB:
20 de outubro- Sábado, ás 15h30:Atividades Culturais e danças Folclóricas.

Bairro Lafayette Álvaro:
21de outubro- Domingo às 17h30:Atividades Culturais e Danças Folclóricas.

Câmara municipal de Campinas:
27 de Novembro-Sábado às 9h30:Como Negociar com os Árabes.


Info: Cosmo online

Vanessa da Mata - Unimed Arte Novembro

sábado, 6 de outubro de 2007



Artista: Vanessa da Mata
Data: 08 de novembro - quinta - feira.
Primeira sessão: 19h00
Segunda sessão: 21h30

Local: Teatro Interno - Centro de Convivência Cultural

Início das vendas: 30 de outubro, nas bilheterias do Centro de
Convivência, de terça à domingo das 16h às 20h.

Preços:
Inteira: R$ 50,00
Clientes Unimed Campinas: R$ 40,00
Funcionários e Cooperados: R$ 35,00
Estudantes e maiores de 65 anos: R$ 25,00


Espero vocês lá!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Digo que é melhor não pensar em você
se não tenho como advinhar o que faz
porque se foi
melhor esquecer
 
Se muitas vezes,posso por horas esquecer de você
parece que as vezes eu me forço a lembrar
ou simplesmente é mesmo impossível esquecer?
 
Que hoje nem parece tão belo aquele amor
ou porque posso sentir outros?
um monte de mentiras dessa vida ridícula
 
Ainda, no fundo queria você
mesmo de madrugada te ligar
Mas se não me atende quando brilha o sol
o que faria acordar ou atrapalhar por mim?
 
Não sei mais, se nos sonhos ou em outras vidas
vou te alcançar
me ensina esquecer
olhos, seu rosto
 
Com essa minha mágoa, se tivesse uma borracha
eu apagaria você
como naquele filme
 
Eu apagaria não apenas você
mas quase tudo
continuaria assistindo
acho que não queria sentir
 
As vezes eu luto,
mas estou pronta para aprender
a dor de nunca ter você
que seja assim
 
Se você ver, nunca deixou de estar comigo!
Isso também deve ser bom

sinto um vazio
não é só uma saudade
ou vontade
é realmente um vazio
um nada
espaço desocupado
livre
 

mas penso que esse espaço
não tem par
a vida é crul e boa, penso!
como sou estúpida e má
quando fui melhor
fui pior
pronta para deixar que tudo isso acabe
em nada
 
eu quero aquele poder
que eu não sei se era meu ou seu
mas fazia sentido pra mim
essa minha fraqueza é um castigo
eu só lamento, tola!
quando acho que estou fazendo algo por nós
sou tão covarde que estou deixando sozinho
esquecido
 

ou então sou burra
 
Mirela Goi - 04/10/2007

estranha

minha vida está muito estranha, parece que estou sentada num trem enquanto olho pela janela as coisas acontecerem e passarem rapidamente...
 
estou feliz, estou triste, estou cansada, estou fazendo planos, estou confusa, estou certa...
 
estou com saudade, estou completa, estou melhor que todos, estou sozinha, estou acompanhada demais
 
ainda não perdi a mania de não contar a verdade...
 

Marroquina é candidata a diretora geral da Unesco

terça-feira, 2 de outubro de 2007

São Paulo - O Marrocos apresentou a candidatura da sua embaixadora junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO), Aziza Bennani, ao posto de diretora geral da instituição. As eleições vão ocorrer neste mês de outubro de 2009. A informação é agência de notícias Panapress.

Aziza é doutora em Letras pela Universidades do Marrocos e da França, foi decana da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Mohammedia e ex-secretária de Estado do Marrocos para a Cultura. Ela ocupou também o posto de alta comissária para os Deficientes no Marrocos.

http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16073

Vôos para Jeddah no Ramadã


Emirates News Agency*

Dubai – A empresa aérea Emirates anunciou que vai ampliar em 10 o seu número de vôos semanais entre os aeroportos de Dubai e Jeddah durante o mês sagrado de Ramadã. Os vôos adicionais, que seguirão até o dia 12 de outubro, serão exclusivos para passageiros com vistos para a peregrinação. Os passageiros que viajam para a cidade saudita por outras razões poderão utilizar os vôos regulares para Jeddah, diariamente às 7:20, 9:00 e 12:00.

Segundo o vice-presidente da empresa para operações comerciais na região do Golfo, Oriente Médio e Irã, Nabil Sultan, a Arábia Saudita concedeu uma permissão especial para que os aviões da Emirates aumentassem suas freqüências ao país vizinho.

"As visitas à Arábia Saudita para peregrinação enchem os nossos vôos em todo o mundo, principalmente nos últimos dez dias do Ramadã. Notamos forte aumento no número de passageiros que transportamos durante o mês de Ramadã nos últimos anos", declarou Sultan.

No dia 01 de outubro, a Emirates vai lançar um vôo direto entre Dubai e São Paulo. As aeronaves partirão de Dubai às 10h00 todos os dias, exceto quinta-feira, chegando em São Paulo às 18h30 do mesmo dia. Já de São Paulo para Dubai, os vôos partirão à 1h25 todos os dias, exceto sexta-feira, chegando em Dubai às 23:05.

*Tradução de Mark Ament, com informações da redação da ANBA
http://www.anba.com.br/noticia.php?id=15979

São Paulo – O vôo da Emirates Airline que saiu na madrugada desta terça-feira (02) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, levou no seu comando dois brasileiros. O piloto paulista Nicolau Moraes Barros e o carioca Marcelo Taborda Peixoto foram os responsáveis por conduzir o Boeing 777-200 LR, sua carga e passageiros, de São Paulo até Dubai. Os co-pilotos também eram dois brasileiros: Marcelo Brasil Dias e Kalina Comenha. Essa foi a estréia da rota São Paulo-Dubai, a primeira linha direta ligando Brasil e Oriente Médio, e a Emirates, apesar de ter sede nos Emirados, fez questão de incluir brasileiros na operação.

Além dos quatro pilotos, outros cinco brasileiros faziam parte da tripulação na aeronave que partiu nesta madrugada. O vôo que chegou em São Paulo, vindo de Dubai, no final da tarde de ontem, o primeiro de lá para cá, também teve brasileiros na tripulação. A Emirates mantém atualmente 69 pilotos brasileiros em seus quadros, que é integrado por quase dois mil pilotos, e pretende ter 74 até o final do ano. As informações foram dadas na manhã (01) de ontem pelos comandantes Barros e Peixoto, em coletiva à imprensa, na sede da Emirates, em São Paulo. Além do grande número de pilotos também há, segundo eles, 250 comissários brasileiros na equipe de funcionários da Emirates.

Na manhã de ontem, cerca de 15 horas antes de embarcar para os Emirados, o comandante Barros parecia emocionado por estar à frente de um dos primeiros vôos da rota. O piloto afirmou que quando começou a sua carreira, nos anos 80, na TAM, não imaginava chegar ali. "No mercado de pilotos a Emirates é hoje o que existe de melhor. E eu pude colaborar com esse projeto gigantesco. É muito bom fazer parte disto", disse Barros a respeito do planejamento da rota. Barros ficou na TAM como piloto por 17 anos e está na Emirates há três anos e meio. Ele tem 15 mil horas de vôo e é comandante há 14 anos. O paulista saiu da TAM quando estava no auge da sua carreira, acreditando no seu futuro na Emirates.

O comandante Peixoto chegou na Emirates da Varig, onde trabalhou por 18 anos. O carioca está na companhia aérea dos Emirados há um pouco mais um ano. Tanto Peixoto quanto Barros moram em Dubai, para onde se mudaram com as suas famílias. Para viver no país árabe, segundo eles, receberam toda a assistência da empresa. A companhia se encarregou de aspectos como providenciar a residência e sua manutenção. Barros conta que recebeu a chave da sua casa de 350 metros quadrados, em Dubai, ainda no aeroporto, e quando chegou no local se surpreendeu com pequenos detalhes organizados pela Emirates como a cama feita e geladeira cheia. "A Emirates não só custeia, mas também administra a casa", conta Peixoto.

O vôo São Paulo-Dubai vai levar, de acordo com os pilotos, 14h10min. Ele sairá de São Paulo, cruzando o espaço aéreo do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Do estado capixaba ele vai para a costa Oeste da África, passa pela região de Acra, em Gana, de Lagos, na Nigéria, e vai então para Arábia Saudita, por onde entra no Oriente Médio e chega em Dubai. A diferença do fuso-horário entre Dubai e São Paulo é de sete horas. A linha tem tripulação dupla – e, portanto, também dois comandantes – em função da duração do vôo, maior do que os convencionais. O vôo mais longo operado pela Emirates Airline é entre Dubai e Sydney, na Austrália, com 16 horas.

http://www.anba.com.br/noticia.php?id=16066