Tunísia discute acordo com Embrapa

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

São Paulo – Dois pesquisadores do Ministério da Agricultura da Tunísia chegam hoje (30) no Brasil para discutir um acordo de cooperação técnica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O país árabe tem interesse nas áreas de forragicultura, trigo e cevada. Os tunisianos vão ter reuniões com pesquisadores das unidades da Embrapa Trigo, no Rio Grande do Sul, e da Embrapa Cerrados, em Brasília.

Durante a visita, os pesquisadores vão elaborar dois documentos que antecedem o acordo, um memorando de entendimentos, que vai estabelecer o conteúdo do acordo, e um projeto de pesquisa, que envolve os assuntos administrativos, como a captação de recursos a serem aplicados nos estudos.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Marília Santos Silva, que também é articuladora internacional da empresa, um dos temas que devem ser discutidos é o intercâmbio de sementes (germoplasmas) para o melhoramento do trigo e de plantas forrageiras. "O maior interesse deles e nosso é que as plantas tenham uma resistência maior à seca", afirmou Marília. De acordo com ela, o clima na Tunísia é bem seco e parecido com o clima do cerrado brasileiro.

No caso do trigo, por exemplo, ambos os países querem desenvolver um grão que seja cada vez melhor para a produção de farinha, ração e outros produtos. "Vamos cruzar uma planta com a outra para tentar criar uma nova planta que produza mais grãos e de boa qualidade", disse Marília. Segundo ela, o mercado remunera o trigo de acordo com a sua qualidade, por isso o interesse no melhoramento genético.

Além da troca de material genético, os pesquisadores deverão elaborar outras questões que serão incluídas no acordo. "Depois das reuniões, podem nascer outros aspectos. Vamos ver quais são as expectativas de cada lado", disse Marília. "Acredito que será muito positivo para os dois lados. É uma via de mão dupla", acrescentou.

De acordo com a pesquisadora, a idéia do acordo de cooperação é resultado da visita do embaixador da Tunísia em Brasília, Seifeddine Cherif, à Embrapa Cerrados em julho. "Ele ficou de selecionar pesquisadores do Ministério da Agricultura da Tunísia para montarmos um acordo", disse Marília.

Na Embrapa Cerrados, estão previstas apresentações dos pesquisadores Julio Albrecht e Walter Quadros, sobre pesquisa com trigo e cevada, e do pesquisador Marcelo Ayres sobre as pesquisas conduzidas com forragens. Os pesquisadores da Tunísia também vão falar sobre os estudos desenvolvidos com cereais e forragens no país árabe.

Tunísia

O país está localizado na África às margens do mar Mediterrâneo, entre a Argélia e a Líbia, e possui um clima temperado na região norte e áreas desérticas no sul. As terras agricultáveis representam cerca de 20% do território do país, com 163,61 mil quilômetros quadrados. A agricultura responde por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) da Tunísia. O país é um dos principais pólos exportadores de óleo de oliva da região do Mediterrâneo. Além disso, é grande produtor de amêndoas e tâmaras.

Rania Al Abdullah visitou o projeto Cidade Escola Aprendiz, na Vila Madalena, em São Paulo. A jordaniana é simples, simpática, preocupada com educação e engajada em projetos sociais mundo afora.

São Paulo - Manhã de sexta-feira (24) com calor intenso e trânsito caótico na capital paulista. De repente, uma rainha jovem, bonita e moderna - vestindo calça preta e camiseta branca - desembarca no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, para conhecer o projeto Cidade Escola Aprendiz. Simples, simpática e preocupada com a educação de crianças e jovens mundo afora. Assim é a rainha da Jordânia, Rania Al Abdullah, que acompanha o marido, o rei Abdullah II em sua primeira visita oficial ao Brasil.

Nomeada Defensora Eminente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 2007, ela desempenha um papel importante ao chamar a atenção da comunidade internacional e da mídia para os desafios que as crianças e os adolescentes enfrentam, especialmente no que se refere à educação. Durante a visita ao Aprendiz, a rainha observou as atividades desenvolvidas pelo programa que propõe uma "escola para a vida" e trabalha para atender as necessidades da criança, da família e da comunidade, reconhecendo que educação vai muito além de saber ler e escrever.

"As crianças não tem apenas o direito de aprender. Elas têm direito de serem preparadas para tornarem-se cidadãos ativos e produtivos", disse Rania. "Fiquei muito bem impressionada com esse trabalho de articulação entre todos. Com a participação das crianças no aprendizado por meio da vida real, das coisas do dia-a-dia. A experiência de aprender com a cidade é um modelo único no mundo", disse Rania. Segundo ela, quando diferentes atores sociais da comunidade, incluindo organizações públicas e privadas, compartilham a responsabilidades, garantem uma educação de melhor qualidade e tornam-se parceiros indispensáveis no sucesso dos estudantes.

João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios

A rainha acompanhou a apresentação de música das crianças do Projeto Guri

A rainha comentou que as crianças normalmente reclamam que "é muito chato, muito árido, aprender nas salas de aula tradicionais . Não é o que vejo aqui, onde tudo é muito vivo, muito interessante. O mundo inteiro vai poder aprender com o que estou vendo aqui hoje", destacou.

Rania conversou com os estudantes e educadores para entender como funciona a metodologia do projeto e como as necessidades de aprendizado de cada criança são tratadas de maneira multidimensional. "O aprendizado é reforçado pelo enfoque interativo, desenvolvido num ambiente colorido e estimulante. A comunidade onde as crianças moram tem um papel fundamental na promoção da educação pública de qualidade", observou Marie-Pierre Poirier, representante do Unicef no Brasil.

A Cidade Escola Aprendiz é uma organização não-governamental apoiada pelo Unicef no Brasil. Algumas oficinas são realizadas em museus e teatros, as aulas de química, por exemplo, são ministradas em restaurantes e a educação física ocorre em parques próximos à escola. As atividades do projeto ajudaram a transformar o bairro numa imensa sala de aula ao ar livre, por meio da qual as escolas se articulam com outros espaços comunitários para estimular o aprendizado das crianças e dos adolescentes o tempo todo, em todos os lugares. "Esse espaço é muito simbólico. Mostra como criar saída num espaço que era totalmente deteriorado e não teria saída sem a interferência do projeto. Esse tipo de visita fortalece a idéia de toda uma comunidade e não apenas de uma ONG", afirma o jornalista Gilberto Dimenstein, criador da ONG Aprendiz e idealizador do projeto.

Roteiro real

A primeira etapa do passeio foi no Café Aprendiz onde a rainha Rania, acompanhada da princesa Noor Hamzah, esposa do príncipe Hamzah, irmão do rei Abdullah II, conversou com Natacha Costa, diretora-geral do projeto. "Ela fez muitas perguntas e pareceu estar realmente interessada no projeto. Muito atenta e preocupada em entender cada detalhe", disse Natacha.

Em seguida, na quadra do Aprendiz, Rania acompanhou a apresentação de música das crianças participantes do Projeto Guri, de samba de bumbo, do Kolombolo diá Piratininga, que realiza oficinas regularmente na Escola Estadual Maximiliano Pereira dos Santos (Max), em São Paulo.

Durante alguns minutos, Rania se juntou a um grupo de jovens, de 12 a 19 anos, para participar de um bate-papo. Eles fazem parte da Agência Comunitária de Notícias, projeto de jornalismo comunitário, no qual jovens têm a oportunidade de produzir notícias sobre o bairro após passarem por uma formação com profissionais.

Entre os 'aprendizes' que conversaram com a rainha estava o estudante Daniel Raigorotsky, 19 anos. "O diferencial do projeto é que ele te dá uma profissão para o futuro. Te dá autonomia e te mostra como é importante aprender fazendo", disse. "Fiquei muito feliz com a oportunidade. Nunca imaginei conhecer uma rainha pessoalmente. Ainda mais tão bonita", comentou Daniel.

João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios

Rania fez até uma intervenção num grafite

Raina também passou pelo Beco Escola, uma galeria de arte a céu aberto, onde fez uma intervenção num grafite junto com jovens grafiteiros. E ainda recebeu de presente um colar de cerâmica confeccionado por duas jovens artistas que já foram 'aprendizes' do projeto.

Antes de partir para cumprir outros compromissos da agenda em São Paulo, a rainha que tem um blog (leia matéria abaixo), demonstrou interesse em manter contato com os jovens do projeto. "Apesar da Jordânia ser muito longe do Brasil, a internet permite a troca de informações, experiências. É um canal direto de comunicação que devemos utilizar para ficarmos mais próximos de pessoas do mundo inteiro", disse.
 
 
 
 
 
 
 
 

Rania Al Abdullah está postando vídeos na internet para desmistificar estereótipos do povo árabe. Engajada, ela tem contribuído para a modernização da Jordânia.

São Paulo – Atuante na luta pelos Direitos Humanos, mãe de quatro filhos, ícone fashion internacional, blogueira e rainha. Rania Al Abdullah, da Jordânia, faz parte da nova e moderna realeza, inaugurada com a princesa Diana (morta em 1997) no Ocidente e no mundo árabe pela rainha Noor, última mulher do rei Hussein, pai de Abdullah II. Rania é bonita, elegante, ativa, defende causas femininas, infantis e de eliminação da pobreza no mundo e circula bem nas altas rodas internacionais. Sempre impecável, usa seu poder e empatia para fins politicamente corretos.

Rania é palestina, filha de médico, mas nasceu no Kuwait, em 1970. Com a ocupação do país pelo Iraque de Saddan Hussein, na década de 1990, a família da plebéia que virou rainha mudou-se para Jordânia. Na época da faculdade, optou por estudar Administração de Empresas na Universidade Americana do Cairo, no Egito. Formada, foi para o mercado de trabalho. Ocupou cargos de destaque no Citibank e na Apple, antes de encontrar Abdullah II, em 1993, durante um jantar. O casamento aconteceu no mesmo ano, seis meses após o primeiro encontro.

Com a piora na saúde do rei Hussein, que estava com câncer, o quadro sucessório no país começou a ser revisto. O irmão do rei, Hassan, era quem deveria assumir o trono. No entanto, semanas antes de falecer, Hussein mudou as regras do jogo e nomeou Abdullah II, seu filho mais velho, ao trono jordaniano. E Rania, aos 28, se tornou a mais nova rainha do mundo na atualidade. Jovem, vivaz e moderna. Acredita-se que a figura carismática e a origem palestina da rainha tenham contribuído para a transição tranqüila e aceitação da população da mudança de última hora promovida pelo rei Hussein na sucessão jordaniana.

Como rainha, Rania imediatamente se engajou em lutas por direitos humanos, seja de mulheres ou de crianças, e melhoria de renda da população mundial. Passou a participar de eventos inclusivos, que debatem, por exemplo, as condições das mulheres árabes na sociedade, na política etc. Em janeiro deste ano, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Rania sentou-se à mesa de discussões com personalidades do mundo inteiro, como o presidente da Microsoft, Bill Gates, para pedir mais empenho de empresas, organizações e governos no combate à pobreza.

João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios João Kehl/Cia de Foto/Agência Meios

Rania, rainha que não gosta de ser 'majestade'

A última da rainha, e que tem chamado a atenção dos internautas, foi a criação de uma espécie de vídeolog. A ferramenta está sendo usada para conscientizar o público sobre diversas questões, principalmente as que dizem respeito ao mundo árabe. Num dos vídeos postados, Rania faz questão de dizer que as equações "árabe=muçulmano=terror=guerra" ou "árabes são muçulmanos e muçulmanos=violência" são absurdamente equivocadas. Para explicar o grave erro cometido pelo Ocidente, a rainha diz que nem todo árabe é muçulmano, que apenas 20% dos muçulmanos são árabes, e que uma porcentagem mínima deles é ligada ao terrorismo. Clara, objetiva, Rania diz ser conhecedora do islamismo, ter lido o Alcorão e que o livro só ensina "compaixão, perdão e caridade". Os vídeos da rainha podem ser encontrados no endereço http://br.youtube.com/user/QueenRania.

Rania também têm uma página na internet,
http://www.queenrania.jo/, onde defende a educação para crianças do mundo todo. Antenada, descobrindo novas fórmulas de falar com seus súditos, a ex-plebéia, que diz não se sentir muito à vontade quando é chamada de majestade, tem contribuído muito para a modernização de seu país e, de certa forma, de todo o mundo árabe. Vida longa à rainha!
 
 

Patrus Ananias participa de Conferência da União Africana

BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, representa o governo brasileiro na I Conferência da União Africana de Ministros Encarregados do Desenvolvimento Social – Rumo a uma Agenda de Desenvolvimento Social Sustentável para a África. O evento será nos dias 30 e 31 de outubro, em Windhoek, capital da Namíbia, no continente africano. Ele levará a experiência brasileira em políticas sociais, discursando na cerimônia de abertura, além de participar de discussões em mesas redondas.

Esta é a primeira Conferência da União Africana que irá reunir todos os ministros da área de Desenvolvimento Social do continente. Nela serão apresentados resultados, sugestões e orientações de seis consultas nacionais - realizadas em Serra Leoa, Tunísia, Ruanda, Moçambique, Camarões e Burkina Fasso -e de três consultas regionais - feitas no Egito, Senegal e Quênia. O objetivo é elaborar uma política social unificada para a África.

Participam do evento representantes de governos, organismos internacionais, organizações não-governamentais e pesquisadores. Serão discutidas medidas para melhorar a qualidade de vida dos africanos, em especial de grupos vulneráveis; fortalecer sistemas nacionais de prestação de serviços básicos; e promover direitos de idosos, portadores de deficiência, mulheres e famílias. Ao final, são esperados documentos como uma Declaração sobre Desenvolvimento Social e uma Posição Comum Africana sobre Integração Social.

Fonte: JB Online

Rei Abdullah II e Rania são recebidos pelo presidente Lula nesta quarta para assinar acordo de cooperação

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Rainha da Jordânia rouba a cena durante visita em Brasília

Rei Abdullah II e Rania são recebidos pelo presidente Lula nesta quarta para assinar acordo de cooperação
 
BRASÍLIA -  Brasil e da Jordânia assinam nesta quinta-feira, 23, 12 acordos de cooperação nas áreas agrícola, educacional, cultural, econômico-comercial e de turismo, durante a visita do rei da Jordânia, Abdullah II, e da rainha Rania, que roubou a cena durante a cerimônia em Brasília.

 


Foto: Celso Júnior/AE

 

Jovem, com um inglês perfeito e posições políticas moderadas, ela é o oposto da idéia ocidental da mulher muçulmana. A rainha decidiu usar o site de compartilhamento de vídeos YouTube para desmistificar estereótipos sobre árabes e muçulmanos, muito difundidos especialmente neste período de guerra ao terror. Considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo, ela é elegante e ocidentalizada no jeito de vestir-se.

 


Foto: Celso Júnior/AE

 

Palestina nascida no Kuwait, Rania estudou o Alcorão durante a adolescência. Formada em administração pela Universidade Americana do Cairo, trabalhou em multinacionais americanas por algum tempo até se casar, em 1993, aos 22 anos. Hoje, mãe de quatro filhos, é defensora dos direitos da mulher e ajuda o marido na modernização da Jordânia.

 


Foto: Celso Júnior/AE

 

Neste ano, deu início a uma campanha de conscientização no YouTube, pedindo que pessoas de todo o mundo lhe enviassem perguntas. Respondeu com vídeos, o primeiro deles explicando que a equação "árabe = muçulmano = terror = guerra" é um grave erro. A rainha diz que nem todo árabe é muçulmano - e apenas 20% dos muçulmanos são árabes. Ela afirma que a quantidade de muçulmanos ligados ao terrorismo também é mínima. "Eu conheço o islamismo, eu li o Alcorão, que ensina compaixão, perdão, caridade", afirma.

 

Em outro vídeo, sobre a situação das mulheres, Rania explica que depende de qual país a pessoa está falando. Ela admite que a mulher não tem os mesmos direitos que os homens, mas ressalta que a evolução é perceptível em quase todos as nações árabes e muçulmanas. Exibe números de parlamentares mulheres em países como Síria (30), Marrocos (34) e Sudão (35). Acrescenta que há mais mulheres que homens nas universidades em grande parte do mundo islâmico. Em seus vídeos, Rania usa ainda comediantes que ironizam alguns estereótipos."Você é árabe? Mas você parece tão legal", diz um deles.

 FONTE:

(Com Gustavo Chacra, de O Estado de S. Paulo, e Agência Brasil)

Casa da Bahia será construída na Nigéria

Estreitar os laços comerciais, culturais e religiosos entre a Bahia e a Nigéria. Este foi o motivo da visita da missão de Lagos à Bahia nesta segunda-feira (20).

A missão foi recebida pelo governador Jaques Wagner, que assumiu o compromisso de visitar a província africana no próximo ano e contribuir para o intercâmbio cultural e comercial entre Lagos e a Bahia.

Segundo o governador da Bahia, as relações comerciais, culturais e religiosas entre o Brasil e a África estão cada vez mais intensas e a Bahia tem interesse em incluir os países africanos no roteiro turístico do estado.

O governador de Lagos, Babatunde Raji Fashola, anunciou a construção da Casa da Bahia na província, devendo ficar pronta em 2009.

A exemplo da Casa da Nigéria, único espaço cultural em homenagem ao país africano no Brasil, localizada em Salvador, no Pelourinho, a Casa da Bahia deve servir como instrumento de divulgação da cultura estadual.

Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural - passagens.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Ministério da Cultura divulga o segundo edital de 2008 do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural, que cobrirá as viagens a se realizarem de julho de 2008 a março de 2009.

O Programa destina-se a artistas, técnicos e estudiosos da área cultural, convidados a participar de eventos fora do seu local de residência, no Brasil e no exterior, para apresentar trabalho próprio, fazer residência artística ou curso de capacitação de profissionais da cultura.

O evento deve ser promovido por instituição de reconhecido mérito, brasileira ou estrangeira, desde que não seja apoiado ou realizado pelo Ministério da Cultura ou por uma de suas vinculadas.

Podem se inscrever pessoas físicas, grupos ou entidades culturais privadas e sem finalidade lucrativa, cujas candidaturas serão divididas em propostas individuais ou de grupo, concorrendo separadamente. No caso das solicitações individuais, poderão ser apresentados pedidos com vistas à residência artística ou curso de capacitação de profissionais da cultura.

O período de inscrições varia de acordo com o mês em que se realizará a viagem (ver calendário abaixo). Por exemplo, para viagens em julho, o prazo para envio de propostas encerra-se às 23h59, do dia 1º de junho. Os interessados devem preencher o cadastro disponibilizado abaixo, conforme a situação (individual ou grupo):

Requerimento Individual

Requerimento de Grupo

Caso o candidato julgue necessário, poderá anexar à sua proposta documentos comprobatórios do seu currículo, artigos publicados, portifólio e outros, desde que em formato digital.

Em Brasília, a Secretaria de Incentivo e Fomento à Cultura do Ministério da Cultura (Sefic/MinC) estará disponibilizando, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, terminal de computador para os candidatos que não tiverem acesso à Internet. Os interessados deverão procurar a Divisão de Atendimento ao Proponente, situada no 1º andar, da Sede do MinC (Esplanada dos Ministérios, Bloco B).

Mudanças

Embora o novo edital apresente similaridades em relação ao primeiro lançado no início deste ano, existem alterações que devem ser observadas, como a inclusão de critérios a serem considerados durante o processo de seleção e restrições à candidatura (item 9), a serem cuidadosamente observadas antes da inscrição.

Uma das novidades no processo seletivo - que será inclusive objeto de análise - se refere à contrapartida mencionada nos itens 8.1 e 8.3, que deverá ser detalhadamente apresentada na proposta, com indicação de como e quando o proponente poderá realizá-la.

Também foram incluídos outros critérios para atribuição de pontos aos candidatos (item 4.3), como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das unidades da federação de origem das propostas, que passará a ser considerado na pontuação, no intuito de minimizar as desigualdades e promover a descentralização das ações culturais.

O percentual dos recursos para as candidaturas de grupo foi ampliado para 70% e as candidaturas individuais passam a contar com 30% do montante do Programa - que tem R$ 2 milhões para aplicação nos próximos nove meses -, respeitada a reserva de 5% desse total para portadores de deficiência.

Veja, abaixo, o calendário de inscrições, conforme o mês de realização da viagem:

Julho - 1º de junho
Agosto - 15 de junho
Setembro - 30 de junho
Outubro - 31 de julho
Novembro - 31 de agosto
Dezembro - 30 de setembro

Janeiro de 2009 - 31 de outubro
Fevereiro e Março de 2009 - 30 de novembro

Edital de Intercâmbio n°2/2008

Saiba mais sobre o Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural

Informações ao proponente: (61) 3316-2215/2251/2254/2357/2363 e fomento@minc.gov.br, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Divisão de Atendimento ao Proponente, da Sefic/MinC.

(Juliana Santana, Sefic/MinC)

Cliente Emirates ganha estadia grátis no hotel Atlantis, The Palm

A Emirates Airline e o hotel Atlantis, The Palm - luxuoso resort e parque aquático recentemente inaugurado na Palm Jumeirah, ilha artificial construída em Dubai - oferecem estadias grátis para clientes da Emirates.
 
Passageiros voando na Primeira Classe da Emirates receberão duas noites de cortesia para conhecer e aproveitar todas as atrações e conforto do hotel Atlantis. Passageiros de Classe Executiva ganham uma noite no hotel. A promoção garante acesso ilimitado durante a estadia ao incrível Aquaventure, parque aquático com inúmeros toboáguas, e também ao The Lost Chambers, labirinto de túneis subterrâneos que oferecem uma fascinante vista sub-aquática.
 
Keith Longstaff, vice-presidente senior de Operações Comerciais Globais da Emirates, explica: "é uma satisfação oferecer aos nossos passageiros da Primeira Classe e Classe Executiva a oportunidade excepcional de serem um dos primeiros a experimentar as luxuosas instalações do Atlantis. Esperamos que muitos deles aproveitem essa promoção para viverem a incomparável experiência de conhecer Dubai, usufruindo da excelência dos serviços da Emirates, além de conhecerem de perto a Palm Jumeirah, nova e tão esperada atração turista dos Emirados Árabes Unidos."
 
A promoção é válida para novas reservas feitas entre os dias 4 de outubro e 24 de dezembro de 2008, excluindo o período entre 18 e 23 de novembro. Estadia em quarto single ou duplo, incluindo café da manhã. A reserva deve ser feira previamente via Emirates e confirmada antes da chegada à Dubai.
 
Fonte: Aviação Brasil
E-mail: imprensa@aviacaobrasil.com.br
 
06/10/2008

Beber e Comer em Público durante o Ramadã em Dubai levou jovens a pagar multa, Fique atento

Uma mulher russa de 28 anos de idade, que visitava Dubai com visto de turista, e um cidadão do Líbano, de 30 anos de idade, vendedor de uma loja local, foram levados a julgamento por beber suco em horário diurno durante o jejum muçulmano. A polícia prendeu os dois em flagrante num posto de gasolina em Dubai, informa o Emirat.ru fazendo referência a Gulf News.
 
De acordo com o Código Penal Federal dos Emirados Árabes Unidos, a ingestão de alimento e bebida em público durante as horas diurnas do mês de Ramadã é proibida pelo Artigo 313. Esse artigo estipula punição ou por meio de penalidade monetária - até 2.000 dirhems ($555 dólares) - ou mesmo um período de até um mês na prisão.
 
Os jovens disseram no tribunal que não eram muçulmanos e pois não sabiam que suas ações eram passíveis de punição.
 
O tribunal levou em consideração as circunstâncias atenuantes, mas considerou os réus culptados, já que ignorância não exclui responsabilidade. O tribunal decidiu que os jovens terão que pagar multa de 1.000 dirhem ($278 dólares) cada.
 
O caso tornou-se o primeiro em Dubai de violação do Artigo 313 desde o começo do mês de Ramadã em 1o. de setembro.
 
Milhares de estrangeiros da Europa e da Ásia residem no emirado de Dubai, o principal centro turístico do Golfo Pérsico. Dubai é conhecido como região relativamente liberal em comparação com outros territórios dos Emirados Árabes Unidos. Podem-se ver nas ruas turistas vestindo shorts, e bebidas alcoólicas são amiúde acessíveis em bares e hotéis.
 
Este ano, contudo, as autoridades pretendem lembrar a todos os residentes e visitantes do emirado que estão em território de país muçulmano. Tem sido registrado recentemente considerável número de incidentes nos quais a polícia local, à paisana, prendeu mulheres tomando sol com os seios descobertos, nudistas e outros violadores da ordem pública.
 
Muitos turistas confessam que nem sempre entendem como devem comportar-se em Dubai.
 
Guias impressos de viagem recomendam que os turistas sempre portem suas identidades, ou melhor ainda cópias delas, pois a maioria dos policiais usa roupas comuns e pode ser bastante meticulosa em suas inspeções.

Universitário nigeriano defende modelo de desenvolvimento endógeno

Lagos, Nigéria (PANA) - Face à sua posição de líder continental, a Nigéria deve elaborar com urgência um projecto de desenvolvimento endógeno a ser implementado por um capital humano consciente das suas implicações afim de dar novo alento ao seu sistema universitário quasi-comatoso e incentivar o crescimento nacional, advogou o docente universitário Akin Oyebode.
 
Oyebode, professor de Jurisprudência e Direito Internacional na Universidade de Lagos, a capital económica da Nigéria, considera que, dada a riqueza do seu capital humano, a Nigéria não pode contar com "muletas emprestadas" para iniciar a sua viagem para o desenvolvimento durante o século XXI, nomeadamente devido ao seu papel de liderança em África.
 
"Depois de várias partidas falsas e da incapacidade de aproveitar as potencialidades do nosso país, tomamos mais uma vez um caminho que nos leva para o incógnito, por causa duma economia política nigeriana privada de fundamentos coerentes", explicou o universitário, na sua intervenção por ocasião da segunda cerimónia de entrega de diplomas da Universidade do Estado de Kogi.
 
Na sua exposição intitulada "A Visão 20-2020 e as Universidades nigerianas", Oyebede, antigo reitor da Universidade de Ado-Ekiti, no Estado de Ekiti, no sudoeste do país, estabeleceu uma relação entre a história do país e a Visão Nacional, cujos inventores desejariam ver a Nigéria integrar o grupo das 20 principais economias do mundo até àquela data mágica.
 
Segundo ele, a Visão 20-2020 da Nigéria, que se inspira nas previsões do banco norte-americano de crédito ao consumo, Golden Sachs, publicadas em Dezembro de 2005, não é apenas de origem exógena, mas também peca por excesso de ambição.
 
Se nos basearmos nas conclusões do estudo do Goldman Sachs, até 2025, as 20 economias mais importantes do mundo vão integrar provalvelmente no seu grupo a Nigéria e os países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China.
 
"Retomando este raciocínio", indicou ainda o universitário, "os nossos jovens prodígios do Banco Central (da Nigéria) decidiram então, sem a menor pesquisa ou estudo concreto, reduzir o prazo de cinco anos e é assim que elaboraram a sua própria Visão 20-2020, construída em torno de um vector especialmente concebido pela circunstância, a Estratégia do Sistema Financeiro (FSS) 2020.
 
Ressaltou, todavia, que o governador do Banco Central, Charles Soludo, foi "forçado a reconhecer as dificuldades de aplicação que pocem comprometer a Visão, cuja realização pressupõe uma taxa de crescimento anual do Produto Interno Bruto de pelo menos 13 por cento, contra os actuais 6 a 7 por cento, além de um investimento de capitais de cerca de 40 biliões de dólares americanos".
 
Defendeu a redução das ambições, explicando que convém "repensar a Visão 20-2020" para que se torne "essencialmente num instrumento de mutação socioeconómica, em vez de ser o lema em que se tornou hoje".
 
Oyebode indicou ainda que "o perfil educativo das pessoas desempenha um papel maior na qualidade da sua vida", acrescentando que "mesmo no seio das economias liberais, o Estado não se demite inteiramente da educação dos seus cidadãos".
 
Advogando com convicção a educação enquanto direito constitucional dos cidadãos, o universitário ressaltou que a ignorância constitui "um componente real do índice da miséria humana e qualquer país que deseje sair do subdesenvolvimento deve tomar a sério a educação dos seus cidadãos".
 
Qualificando a educação ou a sua ausência de "chave da maioria dos problemas (da Nigéria), quer se trate de roubos à mão armada, de eleições mal organizadas, da corrupção ou da prostituição", Oyebode avisou que, enquanto a Nigéria continuar a albergar um importante exército de pobres e populações desfavorecidas, este país não vai conhecer a paz".
 
Sublinhando o papel insubstituível e as contribuições das universidades para a realização dos objectivos nacionais de desenvolvimento, nomeadamente da Visão 20-2020, o antigo reitor afirmou que as universidades nigerianas percorreram um longo caminho, desde o tempo do Colégio universitário único, instalado em 1948 em Ibadan, no sudoeste do país, até às mais de 90 universidades que existem hoje no país.
 
A rarefacção dos recursos resultou numa "baixa dos níveis". Não é de se surpreender que as universidades nigerianas, que não dispõem de recursos necessários para garantir a qualidade, tenham sido pouco competitivas em relação aos outros estabelecimentos de ensino superior do mundo, e até do continente, disse.
 
Para ele, esta situação foi agravada pela fuga de cérebros, que se manifestou pelo grande número de universitários nigerianos que ofereceram os seus serviços a universidades da Europa, da América do Norte, do Golfo árabe e da África Austral, enquanto que as universidades do seu país sofrem dum défice de cerca de 15 mil professores.
 
A autonomia da universidade, disse, é uma condição prévia para fazer recuar os limites da ignorância para o bem da sociedade inteira.
 
Por outro lado, acrescentou, as universidades nigerianas merecem ser objecto dum programa comparável ao Plano Marshall, "se quiserem reposicionar-se entre as maiores universidades do planeta".
 
Disse igualmente que o país deve procurar, antes do ano 2030, "ter um lugar durante o período 25-30, em vez de se concentrar num horizonte 20-2020 ilusório ou destinado ao fracasso", avisando que "mesmo neste caso, a realização do objectivo será quase impossível sem um quadro bem concebido baseado na nossa experiência de dependência neocolonial isolada da periferia".
 
"Um projecto tão importante como o que consiste em analisar o lugar que a Nigéria gostaria de assumir nos próximos 20 anos não deve ser confiado às mãos estrangeiras, cujos cérebros não são melhores do que os nossos. Tudo o que temos de fazer, é reorganizar e responsabilizar as nossas universidades e, por conseguinte, reduzir as nossas despesas induzidas pelos esforços consentidos para encontrar soluções a problemas existenciais multiformas de enfermam a nação", concluiu.
 

Leia aqui a entrevista da cantora que lançou seu mais recente trabalho baseado em músicas tradicionais da Palestina. Amal faz parte de família da geração de 1948 que ficou em Israel mesmo após a nakba.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

30/9/2008
   ALINE BAKER  
 Amal Murkus

"Dizem: 'Você é nossa terra natal, nosso lar. O cheiro, o toque da terra natal'"
Amal Murkus, cantora palestina, veio ao Brasil para fazer quatro apresentações, promovidas pelo Instituto Jerusalém. Três delas já ocorreram, nos Sescs de São Paulo, São José do Rio Preto e de Campinas. Sua última apresentação ocorre na próxima quinta, dia 2 de outubro, na Estância Guanabara, também Campinas. Depois ela parte para apresentação na Suécia. Durante toda entrevista que concedeu ao Icarabe, além da conversa, também chamava a atenção a imagem da cantora. Além de uma mulher linda na casa de seus 40 anos, tentava enxergar nela aquilo que muitos palestinos vêem, um símbolo nacional, um sentimento da terra natal, uma voz que equivale a uma bandeira. Seu mais recente CD é "Na' na' ya Na' na'", de 2007. Nele, diz ter feito uma renascença da música tradicional palestina. Na verdade, sendo a maior cantora palestina da atualidade, colocou sobre seus ombros responsabilidade de reconstruir uma tradição que não dependa de Líbano, Síria ou Egito. No fim da entrevista, ela faz questão de mostrar uma caneta, bonita aos olhos, com seu nome e a data de seu nascimento costurados. Foi um presente que ganhou de prisioneiros palestinos encarcerados em Israel. "Hoje, são 11 mil". Uma das esperanças da cantora é colocar a luta palestina em um contexto maior, mais abrangente, que não os deixe sozinhos. "Veja a África, quantas pessoas estão com fome, veja a Índia, a China, quantas pessoas morrem, veja o Egito. Os palestinos não são os únicos a sofrer. Todos os seres humanos no mundo estão sendo usados por países ricos. Isso não é apenas a questão palestina, essa é minha esperança, pois não é apenas a minha luta".
a Arturo Hartmann

Icarabe: Li em entrevista sua que lembra de ter tido uma infância feliz. O que você lembra de sua infância crescendo como uma palestina dentro de Israel? 
Amal Murkus: Minha infância teve muito amor. Havia pobreza, não havia dinheiro, mas havia muito amor. Havia conexão com a terra (fez questão de dizer a palavra em português; a entrevista foi feita em inglês) , com os animais, com as temporadas, esperando a chuva, as árvores florescerem, os pássaros. A casa onde cresci era um pouco longe da vila, mas era uma casa cultural, política. Era também uma casa de fazendeiros. Meus pais plantavam vegetais, árvores, oliveiras, e nós trabalhávamos nessas oliveiras. Estar conectada com a natureza era parte dessa felicidade. Comíamos coisas vindas diretas da terra. Uma segunda coisa era o fato de sermos seis irmãs. E eu, a mais nova. 

Icarabe: Nenhum irmão? 
Amal: Nenhum. Nós ouvíamos muita música na casa. Palestinas, uma tradição de minha avó e da minha mãe, e por outro lado, músicas libanesas, egípcias, gregas, russas e americanas. Eu era muito ativa quando criança, não tinha uma vida vazia, tinha várias preocupações. Coletava dinheiro para os pobres, participava de manifestações no dia do trabalho, esperava o dia da Terra* e lia o jornal. Tínhamos apenas um importante jornal palestino chamado Al-Ittihad, que saia duas vezes por semana, e eu, quando criança, com 11 anos, ia à sede do Partido Comunista, colocava alguns no bolso e os distribuía às pessoas. Mas a coisa mais importante, que me fazia feliz, era o talento de poder cantar. Eu cantava o tempo todo, em casa, nos casamentos, nos festivais, nas manifestações. 

Icarabe: E tinha consciência do que acontecia ao redor, afinal você nasceu em 1968 e teve uma infância colada aos acontecimentos da década de 70, pós-guerra de 1967? 
Amal: Sim, o tempo todo. Lembro muito da felicidade, mas também havia tristeza. Minha vida estava cheia de leituras e de histórias do sofrimento do meu povo. Além disso, te disse que nós éramos muito pobres. Nem tudo que queríamos comer podíamos comer, nem tudo que queríamos vestir podíamos vestir. Mas acho que algo me deu força e raízes claras: o fato de eu não ter me tornado uma refugiada em 1948, pois meus pais ficaram na nossa vila. Isso nos deu um sentimento maior de força e de esperança comparado a outros artistas e escritores que se tornaram refugiados, o que é mais difícil, é mais trágico. Felicidade, é assim que olho para minha infância porque amo vê-la dessa forma. Não me lembro de coisas ruins acontecendo. Minha mãe teve uma energia adorável. Todo o tempo explicando, falando, nos fazendo vestidos bonitos. A tristeza da minha infância era ter medo de cantar em um teatro, de subir no palco. 

Icarabe: Você tinha esse medo? 
Amal: Mas claro! Quando eu era criança, chorava sempre que ia subir no palco. Com cinco anos, eu já cantava em grandes festivais. 

Icarabe: E como é ser hoje uma palestina em Israel? Como isso afeta sua carreira, comparada a de outros artistas judeus? 
Amal: Na verdade, nada mudou. Talvez na aparência, mas nos assuntos principais está tudo igual, talvez pior. Em algum momento, sonhamos que a paz viria, mas agora as coisas ficaram mais complicadas na vida social, mais pessoas estão pobres, há mais violência, mais ódio entre judeus e árabes, mais religiosos fanáticos. Eu sabia que isso viria a acontecer, pois a guerra e a ocupação levam a sociedade a ser mais violenta. 

Icarabe: Como a mídia israelense trata você? 
Amal: Eles me dão pouca atenção. Quando lancei meu último CD, mandei para alguns jornalistas, e um, muito famoso, doHaaretz, me ligou, o Ben Shalev. Ele veio à minha vila, sentou comigo, me entrevistou e fez um ótimo artigo sobre meu CD e a renascença de músicas tradicionais palestinas. Falei sobre minha luta pelos direitos das mulheres e como sobrevivo como cantora em Israel. Uma vez uma estação de rádio me ligou para fazer uma entrevista, mas aí me perguntaram por que continuo a cantar em árabe e não traduzo minhas canções para o hebraico. Às vezes, quando faço grandes concertos, ligam e me entrevistam. Mas não tenho as mesmas oportunidades de cidadãos judeus, mesmo eu sendo uma cidadã israelense. 

Icarabe: Você já se apresentou nos Territórios Ocupados? 
Amal: Gaza hoje está fechada, sob cerco. Fui a Gaza em 1994, um grande concerto para o Dia da Mulher. Também me apresentei em uma vila perto de Ramallah onde há um campo internacional voluntário onde os moradores não têm água, eletricidade, nada. O Partido Comunista está lá construindo escolas, sistemas de água. Fui voluntária lá por duas semanas, trabalhando e cantando. Fui a Jenin em 2001, depois da destruição do campo. Também me apresentei nas Colinas do Golã, território ocupado da Síria. 

Icarabe: Você viaja muito, vai a muitos países e deve encontrar muitos palestinos refugiados. Como são esses encontros? 
Amal: Eles me dizem: "Você é nossa terra natal, nosso lar. O cheiro, o toque da terra natal". E eles choram muito, e então eu choro muito. Eles ficam muito orgulhosos que eu tenha mantido a identidade cultural e permanecido na minha vila. Mesmo que haja dificuldades, que eu possa encontrar melhores oportunidades de cantar na Europa e ser uma grande estrela, pretendo continuar na terra e continuar a ser a voz dos refugiados, dos prisioneiros, das mulheres fracas, das crianças pobres. 

Icarabe: Falando da sociedade palestina como um todo, uma coisa que acontece hoje é que há uma divisão na forma como diferentes palestinos levam a vida. Os de Gaza, os da Cisjordânia, e mesmo os palestinos dentro de Israel. Isso pode levar a uma separação e quebra da identidade palestina? 
Amal: Bom, essa é a realidade. Mas há muitas coisas comuns, como o sonho de retornar à Palestina. A tristeza também é comum. Isso também é parte da realidade. Quase como se passasse no nascimento, pois as mães estão sempre esperando para ver os irmãos, os maridos. A família foi quebrada em 1948, e mesmo antes disso. Há também o sonho de paz e viver uma vida normal como outros povos. De poder guiar nosso futuro por nós mesmos, não ter um futuro guiado por Israel. Não sei qual solução seria, um só Estado para os dois povos, árabes e judeus juntos, ou então dois Estados para dois povos, como eu desejava, um Estado palestino ao lado de Israel. 

Icarabe: A solução de 1967. Você acha isso uma solução viável?
Amal: Agora há discussão sobre isso, mas vamos dizer que dois Estados para dois povos nas fronteiras de 1967 é a solução mais aceita. Aos poucos, veremos como a situação se desdobrará. Mas você está certo, nós palestinos temos diferentes culturas. As pessoas de Gaza vivem uma realidade mais próxima do Egito, eu pertenço a uma parte mais próxima do Líbano e da Síria. Mas foi sempre assim. E não vejo o mundo por partes. Você é como meu irmão, não vejo você como brasileiro e eu como palestina. Essa é a forma que olho para os palestinos também. Encontro aqueles que têm a mesma sensibilidade que tenho direcionada a outro ser humano e outros que não estão nem aí. Não adianta ser palestino. Tento com minha música refletir a memória coletiva, o máximo que eu posso. Mas acho que estou refletindo mais a realidade dos palestinos que estão em Israel, os palestinos de 1948. Sou mais parte deles, mas acho solidariedade de outros ao redor do mundo. Alguns dos quais guardam a Palestina apenas através das histórias de seus avós. 

Icarabe: Você é uma conhecida militante em questões de direitos das mulheres e bate de frente inclusive com preceitos da própria sociedade árabe-palestina. Houve algum progresso nessas últimas décadas?
Amal: Durante um tempo, mulheres não podiam trabalhar, e agora no mundo árabe muitas trabalham e ajudam os homens a levar dinheiro para a casa. Os pais não permitiam que as garotas fossem à universidade, agora muitas estão indo. A maioria de cantores famosos no mundo árabe são mulheres. A discriminação existe no mundo todo. Sei que a maior porcentagem de violência contra as mulheres é na Inglaterra, não no mundo árabe. Mas, com certeza, temos que lidar com isso e dar, especialmente na sociedade árabe, mais poder para as mulheres. E está provado que uma ajuda a outra. A mãe apóia a filha, a irmã apóia e a amiga apóia. Eu fui apoiada por dois homens, meu pai e meu marido. 

Icarabe: Qual a força do Partido Comunista e da esquerda israelense em geral? 
Amal: A Frente Democrática, com o Partido Comunista, é a primeira força dos árabes. Temos quatro membros no Parlamento. Há também o movimento islâmico, mas nem todos escolhem o caminho religioso. 

Icarabe: Na entrevista a Ben Shalev, há uma preocupação sua pelo fato de os palestinos acharem que não têm uma música própria. O que exatamente quis dizer com isso?
Amal: O problema é que nunca ninguém gravou músicas com boa qualidade na Palestina. Quando fazemos casamentos, usamos canções do Líbano. Em concertos nas escolas, trazemos do Líbano ou da Síria. Então pensei: "quero criar uma música palestina local". Posso trazer isso das raízes ou criar algo com influências modernas. Quero que minha música reflita a vida das minhas crianças, minha vida. Essa era uma preocupação que tinha. Lembre que em 1948 tudo foi destruído e 60 anos não é tempo suficiente para construir a base para arte. O esforço foi para que as pessoas ficassem na terra, continuassem trabalhando, conseguissem dinheiro, pudessem ir às universidades, mas a arte foi deixada de lado. Alguma coisa foi interrompida na música depois de 1948, algo sobre sua identidade não ficou suficientemente clara. Os escritores escreviam e seus livros eram famosos no mundo árabe e traduzidos para outras línguas. O mesmo com poetas. Com a música, não. Eu sou talvez a primeira cantora palestina, não apenas em Israel, mas em toda a Palestina, que realmente leve adiante projetos musicais. Sou a segunda geração da nakba. Meus projetos e meus passos devem ser dados em direção a desenvolver músicas palestinas originais, coisa que não existe registrada. 

Icarabe: Você consegue medir sua influência sobre jovens palestinos nesse sentido? 
Amal: Sim, há muitos grupos palestinos criando suas próprias músicas. Não é fácil, pois não temos gravadoras, lobby ou orquestras filarmônicas. O único poder que temos é a identidade. Eu estou produzindo todo o meu trabalho sozinha, com meu próprio dinheiro. Faço concertos em Israel, na minha vila, em Nazareth, e desse dinheiro faço a produção de meu CD e sobrevivo. Isso é importante, não tenho ninguém apoiando meu projeto. Não tenho escolha. Não tenho os privilégios de cantores judeus e não vivo na Cisjordânia para receber ajuda da União Européia. 

Icarabe: O que é mais fácil, para um palestino, fazer música em Israel ou na Cisjordânia? Imagino que em Gaza seja quase impossível... 
Amal: Não! Eles estão criando em Gaza. Há teatros. Há um mês, no meu programa de rádio em Nazareth, entrevistei um diretor que havia feito uma peça de teatro e falava da política e da situação social. Falaram, então, de um grupo de rap de Gaza que está criando por lá. Em Ramallah, há um florescimento, um acordar cultural. É incrível. Há a ocupação, uma vida muito pobre, mas há uma vida cultural que está crescendo. Existe ali um tipo de dinheiro que chega e o apoio vai principalmente para projetos de arte, há muitas escolas de música para crianças, muitos refugiados estão tocando. Hoje deve haver cerca de cinco conservatórios na Cisjordânia. 

Icarabe: Como a arte, então, pode ajudar na questão palestina?
Amal: Sinto que minha arte não é um projeto comercial. Claro que quero ganhar em cima disso, pois quero viver e desenvolver minha arte. Mas quero trabalhar com comunidades locais, desenvolver projetos com crianças de famílias pobres, em famílias em que mulheres são atacadas pelos homens, nos abrigos para mulher contra a violência. Esse é meu sonho, fazer um espaço na minha vila que se torne um estúdio para trabalhar com crianças e ajudar mulheres jovens a criar música. Fazer com que o caminho delas seja mais fácil do que o meu, pois o meu foi muito difícil. 

Clube Sírio promove encontro com Milton Hatoum

São Paulo – A diretoria e o núcleo de cultura árabe do Esporte Clube Sírio, em São Paulo, promovem no sábado (18) um "Encontro com Milton Hatoum", um dos maiores nomes da literatura brasileira. O escritor amazonense, descendente de libaneses, vai conversar com o público sobre suas obras e irá autografá-las a partir das 16 horas no auditório do clube.
 
Hatoum é ganhador de três Prêmios Jabuti de Melhor Romance por "Relato de um certo Oriente", "Dois Irmãos" e Cinzas do Norte". Também recebeu os prêmios Bravo!, APCA e Portugal Telecom de literatura em 2006. O escritor lecionou literatura nas universidades do Amazonas e da Califórnia (Berkeley), e tem obras publicadas em mais de 15 países.
 
Serviço
 
Encontro com Milton Hatoum
Data: sábado (18)
Local: Esporte Clube Sírio
Endereço: Avenida Indianópolis, 1192, Planalto Paulista
Horário: 16h
Entrada franca

Novo terminal 3 da Emirates receberá passageiros brasileiros a partir de hoje

Hoje (14/10) será inaugurado no Aeroporto Internacional de Dubai o Terminal 3, da Emirates Airline, projetado para suportar um fluxo de passageiros de 43 milhões ao ano, quando estiver operando em sua capacidade máxima.

O terminal será aberto em diferentes fases, sendo hoje a primeira, com vôos (tanto ida como volta) para Doha, Muscat, Bahrain, Kuwait, Jeddah, Damman e Riyadh. Nas Américas, Nova York, Houston, São Francisco, Los Angeles, São Paulo e Toronto. A segunda fase, terá vôos para o restante do Oriente Médio e África. Europa, Subcontinente Indiano, o Extremo Oriente e Austrália serão acrescentados à agenda nas próximas fases.

Serão mais 1.870 vagas no estacionamento do Aeroporto Internacional de Dubai e uma área de check-in de 4.500 m², com 18 balcões, que atenderão tanto bagagens padrão quanto de grande porte. Será possível também fazer o check-in das bagagens com antecedência no estacionamento, voltar para casa e retornar mais tarde, somente para o embarque.

A opção online também estará à disposição. O passageiro pode fazer o Check-in  pelo site www.emirates.com da sua casa ou do escritório. Depois, basta chegar ao terminal, deixar as malas em um dos quiosques self-service, retirar seu cartão de embarque e pegar o vôo. Ou podem também fazer o check-in direto, com ou sem bagagem, em um dos 60 terminais self-service espalhados pelo Terminal 3

http://www.mercadoeeventos.com.br

UE abrirá centro de emprego na África para conter imigração

Bamako - A União Européia (UE) deverá abrir seu primeiro centro para imigração fora da Europa, na capital do Mali, Bamako. Milhares de jovens da África Ocidental tentam entrar na Europa ilegalmente todos os anos, e muitos morrem no caminho. A UE espera que o novo centro ajude as pessoas a encontrarem trabalho legalmente no bloco, e reduzir, assim, a imigração ilegal.

Não está claro quantos empregos serão anunciados, mas acredita-se que ele será como uma gota d'água no oceano em comparação ao número de africanos desesperados para trabalhar na Europa.

A Comissão Européia, órgãos executivos da UE, disse que o novo centro oferecerá orientação sobre migração legal e ajudará candidatos a empregos no exterior a conseguir treinamento e buscar vagas.

O centro também vai conscientizar os que pensam em emigrar à Europa sobre os perigos da migração ilegal.

Há uma boa razão para que Mali tenha sido o país escolhido. Ele está no centro de rotas migratórias estabelecidas. Milhares de jovens da África Ocidental partem do norte de Mali todos os anos e cruzam o deserto do Saara rumo à Europa. Eles costumam estar mal preparados para a jornada e muitos morrem no caminho.

Viajar por mar da costa oeste da África para as ilhas Canárias também é uma rota popular e que também acarreta grandes riscos.

Rapazes de países como Gana e Nigéria costumam passar pelo Mali em seu caminho para o Senegal e a Mauritânia, onde são colocados em barcos de pesca superlotados.

Só na semana passada, a guarda costeira espanhola resgatou um grupo de 230 jovens africanos - o maior em um único barco de imigrantes ilegais a atingir território espanhol.

Um recente aumento acentuado no custo de alimentos e combustíveis tornou a vida ainda mais difícil para as populações da região.

Em muitos países da África Ocidental até jovens recém saídos de universidades lutam para encontrar emprego e acreditam que um trabalho na Europa que não exija qualificações seja a melhor forma de sustentar a sua família.

O Mali é um dos países mais pobres do mundo e o cultivo de algodão é uma fonte de sustento popular.

Mas subsídios pagos aos fazendeiros de algodão dos Estados Unidos tornam quase impossível a competição no mercado internacional.
 
As informações são do G1.
 
África 21 - DF
06/10/2008 - 13:00

Perfumes da Tunísia encantam brasileiras

A matéria está atrasada, mas não posso deixar de não publicar. Além de que vale muito a pena ler. :)
 
ão Paulo – Mil e Uma Noites, Perfume do Amor e Noite da Arábia são alguns nomes dos perfumes da Tunísia que estão encantando as mulheres brasileiras na Art Mundi, feira de artesanato que segue até domingo (12) no Expo Center Norte, em São Paulo. "Aqui no Brasil não tem nada igual", afirmou o gerente da empresa tunisiana Aimex, Aodi Ridha.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

Aimex traz mais de 10 essências da Tunísia



No estande da empresa estão expostas mais de 10 essências. Além das já citadas, também tem de limão, sândalo, baunilha, âmbar, entre outras. "Todas são feitas a base de flores e ervas. Não contém álcool. É tudo natural", disse Ridha, que costuma vir ao Brasil seis vezes por ano para participar de feiras de artesanato em diversos estados brasileiros.

Segundo o gerente, o laboratório tunisiano que desenvolve as essências tem mais de 200 anos e já está na quinta geração da família. "Todas as essências são nossas criações", afirmou Ridha, que exporta os perfumes para Europa, Oriente Médio, Japão e Américas. O laboratório emprega 92 funcionários.

Além das essências, que estão entre os produtos tunisianos mais vendidos na feira, o estande oferece vidros de perfumes de diversos tamanhos, cerâmicas, caixinhas de madrepérola, rosa do deserto - que é uma areia cristalizada naturalmente e tem o formato de uma rosa -, entre outros objetos de decoração. Os vidros de perfumes também chamam a tenção das mulheres na feira. São feitos de forma artesanal com vidro soprado e recebem um acabamento em ouro.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

Rana importa artesanato da Palestina



A aposentada Jô Azevedo, por exemplo, todo ano compra os mini vidrinhos de perfumes para sua coleção de miniaturas importadas. Nesta edição da Art Mundi ela levou cinco. "O estilo deles é diferente. É uma coisa apaixonante e muito delicada", afirmou ela, que já tem 25 vidrinhos tunisianos em sua coleção. "No ano que vem eu volto para comprar os maiores", acrescentou. Cada vidrinho de perfume custa R$ 15, mas levando mais de três é possível conseguir um desconto.

Mais artesanato árabe

Toalhas de mesa, narguilés, móveis de madeira marchetada, capas de almofada, lenços, pratos, terço islâmico, xícaras, espelhos, sinos e diversos outros objetos de decoração da Palestina, Líbano, Síria e Egito podem ser encontrados na Art Mundi. "O povo brasileiro adora tudo", afirmou a importadora síria Rana Obeid, que compra da Palestina.

Os lenços palestinos, que estão na moda no Brasil, já foram todos vendidos. As xícaras e outras cerâmicas também têm boa saída na feira. "Adoramos mostrar os produtos para os brasileiros. Eles gostam muito de perguntar sobre a nossa cultura", disse Rana.

Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

"O produto árabe já é famoso no Brasil", disse Rad

No estande da empresa Império Árabe, que vende produtos da Síria e do Líbano, as toalhas de mesa bordadas a mão também chamam a atenção das brasileiras. "O artesanato árabe já é famoso no Brasil. Antes era só a comida que era conhecida", afirmou o diretor da empresa, Radwan Raad, que trabalha com mais de 50 itens importados.

Outra empresa que importa produtos árabes é a Elbaraka, que tem duas lojas em São Paulo. Segundo o supervisor da importadora, Mahmoud Magib, nos últimos cinco anos aumentou o número de lojistas que vendem produtos árabes no Brasil. "Importamos mercadorias mais de três vezes ao ano", disse.

 
 
 
 
 
 
Serviço

Arti Mundi
Data: de 03 a 12 de outubro
Local: Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme- São Paulo
Horário: de segunda à sexta-feira, das 13 às 22 horas, sábados e domingos das 10 às 22 horas
Preço: R$ 10,00 inteira e R$ 5,00 para estudantes. Crianças até 11 anos e adultos acima de 60 anos não pagam
Site: www.feiraartmundi.com.br

The new Emirates Terminal 3 at Dubai International Airport


NEW EMIRATES TERMINAL 3

Emirates Terminal 3 in Dubai is now open

Dear Miss CAMILO

As of 2:15pm on October 14 (Dubai time) flights originating from the Americas will arrive at the new Emirates Terminal 3 at Dubai International Airport. Flights from Dubai to the Americas will also depart from Emirates Terminal 3.

If you are connecting on to other Emirates destinations please note the following:
- All GCC flights will depart from this new terminal.
- All flights to the Middle East and Africa will also depart from Emirates Terminal 3 shortly thereafter.
- All other connecting flights will continue to depart from Terminal 1 until further notice. Please refer to the directions posted within the airport to Terminal 1 or contact our ground staff for further assistance.


THE AMERICAS

Houston

New York

Sao Paulo

Toronto

THE GCC

Bahrain

Dammam

Doha

Jeddah

Kuwait

Muscat

Riyadh


Please visit http://e.emirates.com/a/tBI9D7aB7WeG3B7Wixz$MdpYWhK/dny24-29
to

* View the airport road access map
http://e.emirates.com/a/tBI9D7aB7WeG3B7Wixz$MdpYWhK/dny28-29

* Find out whether your flight will be departing from or arriving in Emirates Terminal 3
http://e.emirates.com/a/tBI9D7aB7WeG3B7Wixz$MdpYWhK/dny25-29

* Learn about Emirates Terminal 3
http://e.emirates.com/a/tBI9D7aB7WeG3B7Wixz$MdpYWhK/dny27-29

Fly Emirates. Keep discovering.


This email has been sent to you by Emirates.

Festival Internacional de Cinema do Middle East

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O maior festival de cinema do Médio Oriente começou dia 10 e vai até 19 de outubro.
 
Acontece em Abu Dhabi o maior entre os 7 estados do Emirados Árabes Unidos.
 
Filmes brasileiros também estão entre as exibições, confira o site oficial, está muito bonito e com muita informação.
 
 
 
Informação do site:
 
The Middle East International Film Festival – Abu Dhabi (MEIFF) is a celebration of cinema, dedicated to bringing a diverse slate of international films to the community and to introducing filmmakers from around the world to the region. Hosted by the Authority for Culture and Heritage (ADACH), Abu Dhabi is a city with an unprecedented ability to develop and grow in response to the global marketplace. MEIFF is committed to nurturing relationships and providing opportunities to those looking to invest in the future of film. With an extended ten-day festival this year, MEIFF will showcase more films, and with a number of editions to programming sections and the prestigious Black Pearl Awards, the festival will honour and bring together talented filmmakers with experienced film executives from all over the world.

 

Ator Antonio Banderas promete dirigir filme sobre o Rei Boabdil, que entregou a região de Granada em 1492

O ator espanhol Antonio Banderas ("A Máscara do Zorro") revelou, em entrevista ao jornal Gulf News, que deseja encerrar sua carreira hollywoodiana para voltar à Málaga, na Espanha, para fazer filmes.

"Quando cheguei aos Estados Unidos, em 1992, sempre pensei que voltaria para casa e completaria minha carreira lá (na Espanha), mas foram surgindo novas oportunidades em Hollywood", disse o ator. "Voltar para casa é como tentar encontrar a mim mesmo, mas, desta vez, como um cineasta profissional para fazer coisas que Hollywood não me deixa fazer", completou.

Ainda na estrevista, Banderas falou sobre seu maior projeto atualmente, o longa sobre o rei Boabdil, que entregou a região de Granada em 1492 aos reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão.

"Quero dar uma mensagem positiva sobre esta bela cultura, que segui de perto no Marrocos através de meus trabalhos. Tenho um grande respeito por ela", comentou Banderas. Para esta produção, Banderas diz que espera contar com o apoio do governo árabe. "Não quero fazer [o filme] sozinho. Para mim é muito importante ter a companhia dos árabes neste tema", registrou o astro.
 
Fonte: Cinema com Rapadura

Hebe grava matérias para o seu programa em Dubai

Neste último final de semana, Hebe Camargo viajou para Dubai e ficará por lá nos próximos 10 dias gravando matérias, para formar ao menos dois especiais, mostrando o que ainda não foi exibido em outros programas  brasileiros.

Segundo a coluna Canal 1, ela viajou acompanhada de uma equipe de externas do SBT e do seu novo diretor, Ariel Jacobowitz.
 

Pai nigeriano e mãe brasileira enfrentam algumas diferenças culturais na hora de criar o rebento… e chamam a supernanny!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Pai nigeriano e mãe brasileira enfrentam algumas diferenças culturais na hora de criar o rebento… e chamam a supernanny!

Esse foi o caso apresentando no segundo episódio da quinta temporada do reality show comandado pela educadora Cris Poli. (dia 11/10)

Assisti e valeu a pena os dois meninos eram lindos, espertos, alegres.
Teve no final uma festa típica da Nigéria.

Pena que não gravei...

Ao final do Ramadan - Festa na Nigéria estimula solteiros a se casar

Uma festa popular onde solteiros são "incentivados" a se casar está sendo celebrada no norte da Nigéria.

Até 1º de outubro, o "Caçador de Solteiros" e sua banda vão sair todas as noites pelas ruas de Kano, exibindo à multidão em festa um homem solteiro desavisado que o grupo prende com um laço no pescoço.

O carnaval é parte do mês sagrado islâmico do Ramadã, período em que os muçulmanos jejuam enquanto há luz do dia.

Nos tempos de hoje, o solteiro preso no laço é simbólico, escolhido previamente para o evento.

Mas, no passado, a trupe de percussionistas, conhecida como Nalako, saía pelas ruas à procura de homens que, na opinião do grupo, deviam fazer a coisa certa e se casar.

O título de Caçador de Solteiros - ou Sarkin Nalako - da cidade de Kano tem sido passado de pai para filho há três gerações, explica o atual titular, Auwalu Nalako.

"Isto é algo que meu pai fez, e que o pai dele fez antes dele. É muito importante", diz.

Auwalu diz que seus dois filhos vão assumir o título depois dele.

Depois do pôr do sol, quando os muçulmanos quebram o jejum, é tradicional entre os moradores de Kano que os homens jovens saiam às ruas, de casa em casa, dançando e cantando em grupos.

A população faz doações de comida e dinheiro aos foliões.

Mas as canções do grupo Nalako tem uma mensagem especial.

As letras das músicas chamam os homens solteiros de "cachorros" e dizem que suas orações durante o Ramadã não têm qualquer valor.

O Sarkin Nalako se veste como um caçador e sua presa, ou seja, o solteiro, é exibida com um laço pendurado no pescoço. Tinta azul é jogada em seu rosto.

As músicas do grupo são acompanhadas por tambores feitos com pele de cabra e sinos de metal.

"É importante encorajar pessoas a se casar para evitar a imoralidade de relações sexuais com várias pessoas", diz o Sarkin Nalako.

Na tradição da etnia haussá, uma das maiores da Nigéria, um homem não pode ser reconhecido como adulto a não ser que ele se case.
 
Fonte: G1 - 23/09/2008

Unicamp lançou ontem projeto Campinas Café

São Paulo – Mais de 200 pessoas participaram ontem (02) da cerimônia de lançamento do projeto Campinas Café Festival, organizado pela Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto Jerusalém do Brasil. O projeto, que faz parte do novo Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da Unicamp, vai apresentar a história da cadeia produtiva do café.

A abertura do evento foi feita pelo pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Mohamed Habib, que falou sobre o projeto. O Centro vai funcionar no local onde funcionava uma antiga estação ferroviária, chamada Estação Guanabara, em Campinas, e a idéia é promover diversos festivais culturais no local.

O festival do Café, que será o primeiro tema a ser trabalhado, vai ser realizado a partir de 2009. Segundo Habib, em entrevista à ANBA em agosto, a Unicamp vem investindo em inserção na sociedade para levar o acesso ao conhecimento a empresas, indústrias, órgãos governamentais e comunidades. A abertura do novo centro, na antiga estação ferroviária, se encaixa dentro deste esforço. Foram investidos R$ 4 milhões no local.

O lançamento do projeto contou com concertos internacionais de música árabe, com a presença das cantoras Amal Murkus, da Palestina, e Marina Elali, brasileira descendente de palestinos.

Entre os convidados estava o gerente do Serviço Social do Comércio (Sesc-Campinas), Evandro Ceneviva; o diretor da Sinfônica de Campinas, Arthur Gonçalves; o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge; e o diretor da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Bechara Ibrahim.
 

Percussão árabe promove inclusão social

Divulgação Divulgação

A orientadora pedagógica, Aida Gamal, ajuda um aluno a entrar no ritmo

São Paulo – O final de tarde das terças-feiras está mais alegre e ritmado para um grupo de crianças do Núcleo Habitacional Getúlio Vargas, no Bairro São Quirino, em Campinas. Há alguns meses elas fazem parte da Orquestra de Percussão Árabe do Instituto Jerusalém do Brasil, criado na cidade do interior paulista em 1981.

O projeto da orquestra é resultado de um convênio assinado em 2007 entre o instituto, o Ministério da Cultura e a Prefeitura de Campinas. O grupo, formado por 19 crianças da rede pública de ensino, com idades entre 10 e 14 anos, sob a orientação do professor Willian Bordokan, está aprendendo a tocar cinco instrumentos de percussão árabe: derbake, daf, ketem, tabel e snukes.

"O objetivo é estimular a inclusão social, cultural e econômica dos adolescentes das comunidades de baixa renda e seus familiares", afirma Ali El-Khatib, superintendente do Instituto Jerusalém do Brasil.

Segundo ele, enquanto as crianças participam do ensaio da orquestra, que tem orientação pedagógica de Aida Amaral, as mães e irmãs participam de oficinas de danças árabes. "Agora eles estão numa seqüência pedagógica gradual de ritmos e toques para depois formar um conjunto musical", observa o superintendente.

De acordo com Khatib, a idéia de criar uma orquestra árabe surgiu em 2004, quando o então secretário-geral do Ministério da Cultura, Célio Turino, estava analisando todas as iniciativas do instituto, que na época já tinha 23 anos de eventos voltados à cultura árabe. "Pensamos em fazer uma orquestra de inclusão. Fizemos o projeto, ele foi aprovado e o instituto foi incluído como um dos 600 pontos de cultura do Brasil", disse.

Divulgação Divulgação

As crianças da orquestra estão aprendendo a tocar cinco instrumentos de percussão árabe

O passo seguinte foi a contratação do maestro, a definição de um espaço para os ensaios e dos instrumentos de percussão que foram importados de países árabes como Tunísia, Egito, Síria e Palestina.

"O apoio financeiro do ministério e da prefeitura possibilitou também a compra de um kit multimídia com câmera fotográfica, filmadora e dois computadores para trabalhar imagens e som e interligar o projeto com os demais pontos de cultura do país", conta Khatib. A contrapartida do instituto é a parte organizacional e estrutural, como papel, tinta e uniformes. "Estamos inclusive buscando para o futuro o apoio de uma entidade que tenha ligação com os países árabes", diz.

Convites

A orquestra de percussão árabe ainda nem está em processo de formação e já recebeu dois convites. O primeiro é para realizar um ensaio aberto durante um evento do Ministério da Cultura nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Brasília. O segundo convite é para participar do Fórum Social Mundial, que vai ocorrer no começo de 2009, em Belém do Pará.

Na telinha

Uma novidade que vem mexendo com a rotina dos integrantes da orquestra e toda a comunidade do Núcleo Habitacional Getúlio Vargas é a gravação de uma matéria para a TV Brasil, do governo federal, agendada para o dia 14 de outubro. "Está todo mundo unido em torno do projeto e incentivando as crianças, cheios de esperança. O sonho de ver a percussão árabe resolvendo os problemas da comunidade começa a virar a realidade", diz o superintendente.

Contato

Instituto Jerusalém do Brasil
Fone: +55 (19) 3243-8329
E-mail: institutojerusalembr@terra.com.br