Ghana: Exhibición "Más allá del horizonte"

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ghana: Exhibición "Más allá del horizonte"

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La SGI de Ghana presentó la exhibición "Más allá del horizonte" en la Universidad Marítima Regional, con sede en Accra, afiliada a la Organización Marítima de África Central y Occidental, del 7 al 10 de septiembre de 2009, gracias al patrocinio de la Asociación Internacional de Educación Náutica. El acto inaugural contó con la presencia de la viceministra de Transportes de Ghana, Dzifa Ativor.


Desde su creación en 1994, la colección de fotografías de paisajes oceánicos y portuarios tomadas por integrantes del grupo Hato-kai de la Soka Gakkai, compuesto por personas que trabajan en el ámbito naviero, ha sido vista ya en once países, siendo esta la primera vez que se exhibe en el continente africano. En esta oportunidad, en adición a las sesenta y ocho fotografías del Hato-kai, figuraron diez del presidente de la SGI, Daisaku Ikeda, pertenecientes a la exposición itinerante "Diálogo con la naturaleza".


[Fuente informativa: Seikyo Shimbun, diario de la Soka Gakkai, Japón. Artículo publicado el 17 de septiembre de 2009.]

Curso de Língua Árabe no Exterior!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Nigéria e empresas de software querem deter crime na Internet

Por Randy Fabi


ABUJA, 23 de outubro (Reuters) - A polícia anticorrupção da Nigéria está trabalhando com importantes produtoras de software a fim de deter milhares de e-mails fraudulentos, em uma campanha de repressão aos crimes de Internet no mais populoso país da África, anunciou um porta-voz da organização.


A Economic and Financial Crimes Commission (EFCC) informou na quinta-feira que o seu projeto "Eagle Claw," que deve estar completamente operacional em prazo de seis meses, tinha por objetivo melhorar a maculada imagem da Nigéria como um dos polos mundiais dos crimes de Internet.


"A EFCC está ajustando modalidades de segurança com a Microsoft e, quando plenamente implementadas, a capacidade de bloquear e-mails fraudulentos crescerá para cinco mil ao mês," anunciou Farida Waziri, presidente da comissão, em comunicado.


"A tecnologia ainda não está plenamente desenvolvida, mas os operadores trabalharão 24 horas por dia, sete dias por semana, para detectar palavras-chave encontradas em e-mails fraudulentos. Apenas as mensagens limpas serão enviadas," disse Femi Babafemi, porta-voz da EFCC.


A agência anunciou já ter fechado 800 sites que praticavam trapaças e detido 18 pessoas, nos últimos três meses. Haverá ao menos 100 agentes da EFCC dedicados ao projeto.


A iniciativa é o mais recente esforço do governo para combater a imagem do país como um epicentro da corrupção, exemplificada pelos criminosos conhecidos como "419," o número do artigo no código penal nigeriano para práticas de fraude.


O governo no mês passado proibiu a exibição no país do sucesso de ficção científica "Distrito 9," que caricatura os nigerianos como bandidos e canibais, e exigiu um pedido de desculpas da Sony depois que um anúncio do Playstation insinuou que os nigerianos são fraudadores.


O presidente Umaru Yar'Adua também lançou uma campanha de reconstrução da imagem nacional, com o lema: "Nigéria -Boas Pessoas, Grande Nação," e lançou uma campanha nacional para promover produtos nacionais de preferência a importados.


Mas os nigerianos, que em sua maioria têm renda inferior a US$ 2 por dia, dizem que o governo precisa fazer mais para resolver os problemas do país, que é muito pobre apesar de sua riqueza em petróleo.


FONTE: G1

Agradecimento ao povo árabe

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Subject: Agradecimento ao povo árabe
To: mirelagoi@gmail.com


Mirela, Boa Tarde!
 
Foi com muita alegria que fui informada que através deste site, meu livro foi divulgado.
Realmente a colônia árabe me impressiona com o calor humano e companheirismo que demonstra ter por seus membros.
Assim que meu livro foi lançado a agência de notícias Brasil-Árabe imediatamente entrou em contato e fez uma reportagem.
Senti a força e o amor de meu povo!
Estou escrevendo para dizer que também amo muito este meu povo, minhas raízes, e que para mim o fato de ser uma escritora infantil árabe é uma questão de muita felicidade, e honra.
Espero contar com o auxílio das Associações e grupos Árabes para dar continuidade à minha coleção de livros infantis.
Alguns deles serão dedicados às crianças que cresçem nos países em guerra, auxiliando-as a lidar com as diversidades de uma forma construtiva, apesar de tudo.
 
Obrigada pelo apoio.
Que Deus esteja com todos vocês!
 
Síria Maria Mohamed
 

Turismo: Marrocos - Uma série de reportagens feitas pela ANBA

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Aurea Santos Aurea Santos

Palmeiras enfeitam a av. Mohammed V

Morocco, the land of the setting sun


São Paulo – Em árabe, a palavra Marrocos, ou melhor, Maghreb, significa "o lugar onde o sol se põe", e conhecer este lugar é ter a garantia de viver uma série de experiências diferentes dentro do mesmo país. Começando pela capital federal, Rabat, o turista vê uma clara mistura entre as culturas marroquina e francesa, já que a França deixou fortes marcas de sua ocupação de quatro décadas no país árabe, tanto em relação à língua (o francês é a segunda língua falada no Marrocos), quanto na culinária, com um grande número de patisseries espalhadas por toda a cidade.

No centro de Rabat, fica a charmosa avenida Mohammed V, com grandes palmeiras enfeitando um belo canteiro central, em frente à sede do parlamento do país. A poucos passos está o souk da cidade, onde o turista encontra desde artigos modernos, como calças jeans e camisetas até artigos de couro tradicionais e muitas lojas de jóias.

Aurea Santos Aurea Santos

Kasbah: vista construída no século 12

Terminando o passeio pelo mercado, o visitante depara-se com a enorme fortaleza da Kasbah de Oudayas. Construída no século 12, hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade. Dentro, foram erguidas casas que atualmente abrigam muitos marroquinos e também estrangeiros. Além disso, o jardim andaluz e o Café Maure, servindo um tradicional chá e uma variedade de doces, tornam completo o passeio por dentro do monumento, que também oferece uma bela vista para o mar.

A torre Hassan é outra atração de Rabat. Projetada para ser a maior torre de todo o mundo muçulmano, ela não foi concluída, mas as dezenas de colunas que a cercam e o mausoléu que abriga os corpos do pai e do avô do atual rei Mohammed VI despertam o interesse dos turistas que passam pela cidade.

Casablanca

Aurea Santos Aurea Santos

Hassan II, maior mesquita do Marrocos

A apenas meia hora de trem de Rabat está a capital financeira do país, Casablanca. Sem relação com o famoso filme, que foi gravado inteiramente em Hollywood, Casablanca abriga a maior mesquita do norte da África, a Hassan II. Ela é também a terceira maior mesquita do mundo, ficando atrás apenas das localizadas em Meca e Medina, na Arábia Saudita. É ainda a única no Marrocos em que não-muçulmanos estão autorizados a entrar e fotografar.

Seu tamanho e sua estrutura impressionam. O chão é climatizado e o teto pode ser aberto nos dias mais quentes. A administração da mesquita oferece visitas monitoradas fora dos horários das orações. Os turistas podem escolher guias que falem inglês, francês, italiano ou espanhol.

O jardim da Liga Árabe é outro lugar que vale a pena ser visitado. Uma bela área verde, aproveitada por moradores locais e turistas para passar tardes ensolaradas.

Transporte

Não existe metrô no Marrocos, mas os táxis são baratos e, em geral, são divididos com outras pessoas. Há dois tipos de táxis que circulam por todas as cidades marroquinas. O "petit taxi" leva até três pessoas, e quem decide o destino é o passageiro que entrar primeiro no carro. Os demais devem seguir para lugares próximos aos do primeiro cliente, para aproveitar o trajeto.

O "grand taxi" funciona como ônibus, com preço e locais de partida e chegada definidos, mas também podem ser usados como "táxis particulares" por turistas que não queiram dividir o carro com até cinco outras pessoas, além do motorista. Desta forma, porém, o preço fica mais caro.

Entre uma cidade e outra, a melhor opção é o trem. A malha ferroviária do país cobre cidades do sul ao norte do Marrocos, com bons preços e trens confortáveis. Para as cidades que não têm estação ferroviária, geralmente há ônibus da companhia pública CTM, que também são conhecidos por seu conforto e pontualidade.

O príncipe e a plebéia

São Paulo - A imagem do rei marroquino, Mohammed VI, está em todos os lugares. Os estabelecimentos públicos do país, como lojas, escolas e restaurantes, são obrigados a colocar uma foto sua em local visível a todos os que entrarem no local.
Apesar de ter um primeiro-ministro, o rei é a figura central do governo do Marrocos, mas apenas ele é adorado pelo povo. Sua esposa não tem o título de rainha, mas a história da princesa Salma parece ter saído de um livro.

Divulgação Divulgação

Mohammed VI casou-se com Salma após assumir o trono

De família pobre, Salma foi criada pela avó em um bairro da periferia de Rabat. No entanto, sempre foi uma excelente aluna, considerada dona de uma inteligência acima da média.

Assim, conseguiu chegar ao ensino superior. Com a formatura, os melhores alunos, como a futura princesa, ganhariam um emprego em uma empresa pública e ainda receberiam, em sua colação de grau, os diplomas das mãos do então príncipe Mohammed, que seria o convidado especial do evento. 

Quando viu Salma, Mohammed decidiu que a queria para ser sua esposa, mas foi proibido por seu pai, o rei Hassan II, que não admitia que seu filho se casasse com uma moça que não fosse da nobreza. Mohammed teve que esperar, mas conseguiu o que queria. Após a morte do pai, assim que assumiu o trono em 1999, casou-se com Salma e tornou-a princesa de seu reino de quase 35 milhões de súditos.

Fez e Marrakech, tradição e vida noturna

As duas cidades mostram o que o Marrocos tem de mais tradicional e exótico. Confira a última reportagem da ANBA sobre o turismo neste país árabe.


São Paulo – É impossível dizer que se conhece o Marrocos sem antes ter passado pelas cidades de Fez e Marrakech. O souq da cidade antiga de Fez, com suas ruas estreitas que parecem nunca ter fim, transportam o turista à Idade Média. Com mercadorias sendo carregadas no lombo de burros, e seus donos que pedem passagem aos gritos, estas vielas revelam o mais tradicional souq marroquino, onde se encontram os mais belos e interessantes artigos típicos de todo o país.

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O preparo artesanal do óleo de argan

Sejam os quadros com textos do Alcorão, lenços tecidos artesanalmente, vidros de óleo de argan preparados com castanhas moídas em pequenos pilões pelas mulheres locais, até os famosos babouches, todas as mercadorias de Fez são um retrato do Marrocos, que mistura as culturas árabe e berbere, ou amazigh, como eles mesmos se denominam.

Ao entrar em qualquer uma das inúmeras lojas do souq, o turista não deve ter vergonha de barganhar o preço. É absolutamente normal e os comerciantes já esperam ouvir um pedido de desconto. Com uma boa negociação, o visitante pode levar o produto por menos da metade do preço original. E, se após o negócio fechado ou durante as negociações, o comerciante oferecer um "whisky sem álcool", o turista não precisa estranhar, é apenas a maneira local de convidá-lo para tomar um chá.

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As cores do curtume de Fez

Uma das grandes atrações dentro do souq de Fez é o curtume. O primeiro desafio está em encontrá-lo, pois não há sinalização que indique o local, mas com a ajuda dos comerciantes e um pouco de paciência, o visitante acaba encontrando o lugar, um dos mais interessantes pontos turísticos do mercado.

Na entrada, o turista recebe alguns galhinhos de menta para cheirar, pois o odor do local é bem forte. Após alguns lances de escada, chega-se a uma varanda preparada para receber os visitantes. Do alto, uma visão bastante colorida, de diversos tanques repletos de tinta feita à base de corante natural, em que homens trabalham de forma totalmente manual, para tingir o couro com o qual será fabricado bolsas, casacos e sapatos, vendidos na loja do curtume. O couro natural também pode ser visto secando nas paredes ao lado dos tanques.

Mas se o melhor mercado do Marrocos é o de Fez, a maior atração noturna do país encontra-se em Marrakech.

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Comida é feita ao ar livre para turistas

A Jamiaa al Fena é o coração da cidade, e reúne artistas de rua que se apresentam todos os dias, seja para dançar, cantar ou exibir as habilidades de seus animais, como macacos e cobras naja. As barracas de comida, no entanto, além de alimentar as centenas de turistas com refeições preparadas na hora, também proporcionam uma bela visão para os que se encontram no alto dos restaurantes e sorveterias que cercam a praça. Suas inúmeras luzes e a fumaça que sai dos fogões enfeitam a noite do centro da cidade.

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A beleza do jardim Marjorelle

Marrakech é uma cidade de uma cor só, o vermelho. Todos os prédios da cidade são pintados desta cor, mas a beleza da arquitetura do lugar faz com que cada construção se torne uma atração a ser fotografada. Porém, para quem gosta de outras cores, o Jardim Marjorelle é um visita imperdível. 

Formado entre 1922 e 1962 pelo pintor francês Jacques Marjorelle, seus muros exibem um forte azul royal, enquanto centenas de plantas enfeitam o local e encantam os turistas. Após a morte do pintor, o jardim foi comprado por Yves Saint-Laurent. Atualmente, o lugar também abriga um memorial em homenagem ao estilista.










Casamentos, atração no Marrocos


Por isso, geralmente, elas são realizadas durante o verão, para que amigos e parentes possam viajar e permanecer na casa onde o casamento será realizado até que a festa acabe.

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Noivos são carregados durante a festa

Os noivos não ficam o tempo todo na festa. Eles fazem entradas esporádicas na área em que ficam os convidados, permanecem ali durante alguns minutos, enquanto as mulheres dançam em frente ao casal, e depois voltam para dentro da casa. É interessante notar que, a cada entrada, a noiva usa um vestido diferente.

A festa costuma começar tarde e durar até a manhã do dia seguinte. O jantar é normalmente servido de madrugada e há fartura de comida e doces.

A música fica por conta de grupos tradicionais, nada de DJs. Mas na hora em que a noiva aparece, são as mulheres que entoam uma canção, a mesma em todas as cerimônias, para que ela seja abençoada e que quem estiver passando por perto saiba que ali há um casamento.


Nas caravanas do Saara

Um passeio pelo mais famoso dos desertos revela enormes dunas de areia, caravanas de camelos e beduínos que vivem do turismo. O Saara é tema da segunda reportagem da ANBA sobre o turismo no Marrocos.

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No Saara, a peregrinação dos camelos

São Paulo – A viagem de Rabat, capital do Marrocos, ao deserto do Saara é longa, cerca de 12 horas. O caminho, no entanto, é cheio de belezas naturais e uma mistura das estações do ano. De regiões quentes à neve na estrada que corta as montanhas, o viajante vê de tudo, até macacos que se arriscam nas rodovias para ganhar alguma comida dos motoristas.

Há dezenas de hotéis e paradas para descanso que são utilizadas pelos viajantes para alimentação, abastecimento dos carros e também para pernoitar, para depois seguir caminho até os albergues, na entrada do Saara, antes de tudo se tornar areia. São nestes lugares que os turistas esperam os beduínos e suas caravanas, que vêm buscá-los para uma viagem de mais uma hora e meia pelo deserto até as tendas em que todos passarão a noite.

Assim que chega ao albergue, o turista entende porque os homens que habitam esta região vivem com seus corpos e rostos cobertos por longas roupas e lenços que escondem boca e nariz. Os fortes ventos jogam areia por todos os lados, e é preciso proteger-se para não engoli-la ou respirá-la. Os óculos de sol também são indispensáveis para que se possa manter os olhos abertos.

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Tendas abrigam e protegem os turistas

Quando os camelos partem, ficam para trás a estrada, os carros, os hotéis, os banheiros. Chegando no meio do Saara, encontram-se apenas as tendas montadas pelos beduínos para atender aos turistas, que são sua única fonte de renda. Há tendas separadas para acomodar homens e mulheres, e há também uma tenda central, onde será servido o jantar, preparado com a comida trazida durante a viagem, no lombo dos camelos.

Enquanto a refeição é preparada, os turistas conversam ao redor de fogueiras acesas para iluminar a total escuridão do deserto. A noite no Saara é bastante fria, e o fogo serve também para aquecer. Dentro da tenda, a mesa é montada para que todos se sentem no chão ao seu redor. O pão não pode faltar, pois sua presença faz parte da culinária marroquina em todas as refeições, nas quais, muitas vezes, substitui os talheres.

O tagine, tradicional prato feito com carne de vaca ou de frango coberta com legumes cozidos, é servido quente e comido com as mãos, com a carne e os legumes pinçados pelos pedaços de pão cortado. Durante o jantar, os beduínos contam suas histórias sobre a vida simples no deserto e sobre como é depender do turismo para viver. Com os visitantes que recebem, eles aprendem várias línguas, como inglês, espanhol e até mesmo português.

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E o sol nasce no deserto...é o Marrocos

Passada a noite, a volta para o albergue deve ocorrer de manhã cedo, para evitar o sol forte. Acordando à 5h da manhã, é possível ver o nascer do sol do alto das dunas, uma visão muito admirada e fotografada pelos turistas.

Mais uma viagem sobre os camelos e os turistas estão novamente no albergue, onde o fim da aventura significa alívio para alguns e tristeza para outros, mas também a certeza de todos de que um passeio no deserto no Saara é uma experiência única para ser lembrada pela vida toda.


Imigrantes do sexo feminino têm salários mais baixos que homens, mas tendem a mandar parte maior da renda para países de origem

Mesmo recebendo salários mais baixos, as mulheres imigrantes enviam proporcionalmente mais dinheiro que os homens para seu país de origem, diz estudo. O RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano) afirma que a maioria das mulheres imigrantes trabalha em serviços domésticos ou informais, mas mesmo assim algumas delas chegam a mandar mais de 70% de sua remuneração em remessas.

Esse é o caso das mulheres de Bangladesh que vivem no Oriente Médio, as quais enviam para a terra natal 72% de sua renda, diz o documento intitulado Ultrapassar Barreiras: Mobilidade e desenvolvimento humanos. As colombianas que moram na Espanha abrem mão de cerca de 68% do que ganham, enquanto a média para os homens colombianos é de 54%.

"As evidências sugerem que as mulheres tendem a enviar porções maiores dos seus rendimentos para casa, fazendo-o também de forma mais regular, apesar de os seus salários mais baixos significarem freqüentemente que as quantias absolutas sejam mais baixas", aponta o RDH.

Além disso, as mulheres imigrantes costumam ter mais qualificação que os homens, mas isso não garante a elas bons postos de trabalho. As peruanas têm a maior escolaridade entre os imigrantes de fluxos recentes na América do Sul, mas 68% das mulheres do Peru que moram na Argentina trabalham como empregadas domésticas. Apenas 15% das nativas da Argentina possuem esse tipo de função.

Segundo o documento, trabalhadoras com ensino superior nascidas em países em desenvolvimento têm 40% mais chance de imigrarem do que homens com o mesmo grau de instrução. Isso porque em seus países elas costumam enfrentar ainda mais dificuldade de conquistarem bons empregos. "Embora essa situação possa refletir vários fatores, as barreiras estruturais e culturais à realização profissional nas terras de origem parecem ser a explicação mais provável", afirma o relatório.

Impacto Social

Apesar da baixa remuneração, a imigração já traz o ganho de aumentar a participação feminina no mercado de trabalho, destaca o PNUD. Além disso, podem haver mudanças na situação das mulheres nos países de origem da migração e melhorias no combate a desigualdade de gênero. O estudo diz que a imigração estimula nos países mais pobres e desiguais uma tendência para a queda da fertilidade, para aumento da idade de casamento, da escolaridade e da participação das mulheres no mercado de trabalho.

Até mesmo a migração dos homens pode estimular mudanças de gênero. "Todos os estudos realizados no Equador, em Gana, na Índia, em Madagáscar e na Moldávia revelaram que, com a migração masculina, as mulheres das áreas urbanas aumentaram a sua participação nas tomadas de decisão da comunidade", aponta.


http://www.pnud.org.br/cidadania/reportagens/index.php?id01=3330&lay=cid

Truzzi relança livro sobre imigração árabe em São Paulo

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

São Paulo – A procura pelo livro de Oswaldo Truzi, "Patrícios – Sírios e Libaneses em São Paulo", que estava esgotado há seis anos, fez com que a Editora Unesp lançasse uma segunda edição. A novidade deste lançamento é que o autor traz uma pesquisa feita com os novos imigrantes árabes que chegaram na cidade nas últimas décadas, os muçulmanos. 

"Essa pesquisa foi feita há uns dois ou três anos em São Paulo e mostra uma nova leva de imigrantes", afirmou Truzzi, que tem doutorado em Ciências Sociais e é professor dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia e Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A pesquisa, que está no posfácio do livro, explora as sociabilidades e os valores familiares desse grupo imigratório, predominantemente de libaneses.

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O livro teve procura no meio acadêmico e pelos próprios descendentes



A primeira edição do livro foi lançada em 1997 pela Editora Hucitec. Segundo Truzzi, o livro teve bastante procura, não só entre o meio acadêmico, mas também pelos próprios descendentes. "O livro acabou se tornando uma referência", disse Truzzi, que conta a trajetória da imigração árabe.

No primeiro capítulo, o autor conta dos motivos que levaram os árabes a saírem de seus países. Esses imigrantes, que eram na maioria libaneses e sírios, começaram a chegar em São Paulo entre os anos de 1890 e 1960. Suas primeiras atividades eram voltadas ao comércio, que tornaram os árabes conhecidos como mascates. É no segundo capítulo, "De mascates a empresários", que Truzzi conta essa trajetória. "Conto como era São Paulo na época e como os árabes se inseriram economicamente no comércio, nas lojas e na indústria", disse.

Truzzi conta ainda sobre os dilemas relativos à construção de identidades e analisa as estratégias de mobilidade social. Segundo o autor, os filhos dessa primeira geração de imigrantes árabes tiveram uma boa educação e se tornaram, em massa, profissionais liberais, principalmente nos campos da Medicina e de Direito. "Depois, começaram a se inserir na política", afirmou.

O livro também traz um capítulo comparativo entre a imigração síria e libanesa ao Brasil com a dos Estados Unidos. "Aqui se deram melhor do que lá", disse Truzzi, que explica o estágio de desenvolvimento econômico do Brasil e dos Estados Unidos na época da imigração.

"Patrícios - Sírios e libaneses em São Paulo" pode ser adquirido pelo site da Editora Unesp (www.editoraunesp.com.br) ou pelo telefone (011 3242-7171).

Serviço 
Título: Patrícios - Sírios e libaneses em São Paulo
Autor: Oswaldo Mário Serra Truzzi
Número de páginas: 354
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 50,0