Alfabeto e pronúncia são desafios iniciais para quem quer aprender árabe

sábado, 18 de agosto de 2007

Pronúncia e o alfabeto fazem parte do aprendizado inicial do idioma árabe, ainda mais para aqueles que vivem em um país que fala português, língua de origem latina. Michel Sleiman, professor do departamento de Língua e Literatura árabe da USP, ministra desde o dia 17 de agosto o curso “Introdução à Língua Árabe (alfabetização e nível básico)”.

O curso realizado pelo Serviço de Cultura e Extensão Universitária da FFLCH, que conta também com a coordenação da professora Safa Jubran, pretende “ser um começo, com a alfabetização e também com a demonstração da gramática básica, os aspectos gráficos das letras árabes”, conta Sleiman. A partir daí, diz o professor, o aluno pode buscar estudos mais aprofundados da língua árabe.

Um dos pontos que funcionam como conhecimento de base é a dimensão fonológica do idioma, diferente da do português. O sírio Georges Fayez Khouri, que dá aulas de árabe no Club Homs, diz que nos primeiro quatro meses de curso, dá maior atenção ao ensino da conversação em árabe. Somente depois desse período, que dá início ao ensino da escrita. Ele diz que o curso serve de base para quem quer aprender a gramática mais aprofundada.

Foued Saâdaoui, que dá aulas particulares no Rio de Janeiro, explica que, apesar das diferenças entre o árabe e o português, “a língua é um fenômeno social, comum a todos por ser um instrumento de comunicação”. Desse modo, um dos primeiros passos de Foued é fazer o aluno entender que “em qualquer língua há um pronome”.

ÁRABE CLÁSSICO – O árabe geralmente ensinado nos cursos no país é o clássico. A secretária do Centro Cultural árabe-sírio, Rukaia Escandar, explica que isso é natural, já que, como comparação, o árabe popular é como se fosse o português coloquial.

Para Foued, o árabe que ensina é um “árabe que não é o das poesias antigas, um árabe que não envolve nem sotaques nem gírias específicas de cada região”.

Já Georges, sírio, diz que ensina o árabe que se fala na Síria e no Líbano, que entre si têm poucas diferenças. No entanto, ele admite que o árabe desses dois países é muito mais próximo do árabe clássico, diferente do que se fala no Marrocos, uma versão da língua que sofreu influência das tribos berberes do norte africano. É como entendermos, por exemplo, a diferença entre os dialetos que se falam no norte e no sul Itália. Muitas vezes uma população do sul não entende o que fala outra do norte.


MAIS INFORMAÇÕES SOBRE CURSOS:

- Abertos ao público em geral:

Centro Cultural Árabe-Sírio (parte da missão diplomática do Estado árabe-sírio, único em todo o continente americano)- EM SÃO PAULO

Duração: 1 ano e meio (3 módulos de 4 meses cada)
Tel: (11) 3259-4880

Club Homs – EM SÃO PAULO
Duração: 1 ano


Aulas particulares:

Foued Ben Hédi Saâdaoui – NO RIO DE JANEIRO
Acerto com o professor
Contato: (21) 3181.5138 (residência) - (021) 9309-7183;
E-mail: tradutor1973@hotmail.com


Clubes (só para sócios):

Clube Monte Líbano – SÃO PAULO
Preço: acertar direto com o professor

Esporte clube sírio – SÃO PAULO
Preço: acertar direto com o professor

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