Tunísia quer parceria com Embrapa

quarta-feira, 16 de julho de 2008

São Paulo – O embaixador da Tunísia em Brasília, Seifeddine Cherif, quer levar a experiência brasileira na pesquisa com trigo para o país árabe. Ele e o primeiro secretário da embaixada, Mohamed Tascou, estiveram segunda-feira (14) na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados, em Planaltina, Brasília, e sugeriram formar uma parceria entre a Tunísia e a empresa brasileira.

O país árabe, que está localizado no norte da África, é o maior consumidor mundial de trigo per capita. Segundo o embaixador, a Tunísia precisa de cultivares de trigo mais tolerantes à seca, já que o clima do país é desértico e semi-árido. Uma das sugestões propostas pelo embaixador foi de organizar um intercâmbio técnico entre os dois países e trocar experiência com material genético de trigo.

De acordo com Cherif, a Tunísia tem boa experiência com produção de azeite de oliva e tâmaras, mas tem necessidade em aprender novas técnicas para plantação do trigo. Na Embrapa Cerrados, os diplomatas conversaram com o pesquisador Walter Quadros, que deu explicações sobe o desenvolvimento de cultivares de trigo para o Cerrado e mostrou um experimento no campo.

Os diplomatas conversaram ainda com o veterinário José Robson Sereno, chefe-geral da Embrapa Cerrados, e a pesquisadora Marília Santos Silva, articuladora internacional da unidade da Embrapa, com os quais trocaram idéia para dar início a uma parceria. O embaixador lembrou ainda que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, esteve na Tunísia em junho e discutiu a possibilidade de troca de experiências na área de agricultura.

Durante a viagem de Amorim, a então embaixadora brasileira na Tunísia, Marília Sardenberg Zelner Gonçalves, também comentou que a Embrapa poderia fornecer o amplo know-how que tem em lavouras para climas secos. Foi inclusive com o propósito de auxiliar os países africanos na área agrícola que a Embrapa abriu um escritório em Gana, na África.

Conforme antecipou a ANBA, a Embrapa também está estudando a possibilidade de levar sistemas de monitoramento de terras via satélite para países africanos. Representantes do escritório da Embrapa em Gana vão entregar um documento com a proposta aos líderes da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO), do qual fazem parte 60 países produtores e consumidores de madeiras.
 

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