A Unicamp inaugurou o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social, que promoverá, no ano que vem, o festival do café. O evento terá entre as atrações o café arábica, de origem árabe.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

São Paulo – A Universidade de Campinas (Unicamp) inaugurou na última semana um espaço cultural e social que terá como uma das missões resgatar a história do café – e do café arábica, que tem origem no mundo árabe. A universidade criou o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social no local onde funcionava uma antiga estação ferroviária, chamada Estação Guanabara, na área central da cidade paulista. Entre as principais atrações do local, voltado para atividades culturais e sociais, estará o Festival do Café.

Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA

Habib: Unicamp quer aproximação com árabes

Segundo o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Mohamed Habib, no local serão promovidos festivais de frutas. O primeiro será voltado ao morango, ainda este ano, e o segundo para o café, no segundo semestre do ano que vem. Haverá espaço, no evento, para resgate da história do café, demonstrações de tecnologia na produção da bebida, além de atrações artísticas. O café arábica terá destaque. "Vamos contar como se deu a presença do café arábica no Brasil a partir da cultura árabe", diz.

Habib esteve na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, ontem (25), juntamente com o superintendente do Instituto Jerusalém do Brasil, Ali El-Khatib, onde foi recebido pelo presidente da entidade, Antonio Sarkis Jr., e pelo vice-presidente de Relações Internacionais, Helmi Nasr. O festival do café foi o tema da reunião. O evento terá um lançamento, no dia 02 de outubro, para convidados, no novo Centro. Haverá concerto da cantora de Jerusalém, Amal Murkus, e serão servidas bebidas e alimentos a base de café.

De acordo com Habib, a visita à Câmara Árabe também faz parte de um projeto da Unicamp de aproximação cada vez maior com o mundo árabe. A universidade pretende trabalhar pela integração econômica entre os países árabes e o Brasil. Um dos objetivos é estimular os empresários árabes a abrirem fábricas no Brasil para que o país possa, por exemplo, exportar produtos com maior valor agregado em vez de commodities. "Ajudaria na geração de empregos, os árabes poderiam produzir com tecnologia do Brasil, aproveitar os preços menores da matéria-prima, as condições climáticas", diz Habib.

A academia brasileira, segundo ele, está à disposição para ajudar nesta integração. A Unicamp não tem uma área voltada especificamente para a cultura e o mundo árabe, mas, de acordo com Habib, em vários centros de estudos, como o de História, por exemplo, existem pesquisas que englobam o mundo árabe. A pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, que Habib, egípcio radicado no Brasil, lidera, é responsável pelo projeto do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social.

A Unicamp, segundo o pró-reitor, vem investindo em inserção na sociedade para levar o acesso ao conhecimento a empresas, indústrias, órgãos governamentais e comunidades. A abertura do novo centro, na antiga estação ferroviária, se encaixa dentro deste esforço. Foram investidos R$ 4 milhões no local. A Unicamp, segunda maior universidade brasileira, está ampliando também os seus cursos em diferentes pontos do estado. Em um campus construído em Limeira haverá, no final deste ano, o primeiro vestibular para oito cursos superiores. No ano que vem mais quatro cursos oferecerão vestibular.

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