Espetáculo une culturas árabe, indiana e espanhola

sexta-feira, 17 de abril de 2009

São Paulo - Confluência é um termo geográfico utilizado para explicar o encontro de dois ou mais rios que se juntam para depois correrem num leito comum. No espetáculo "Com-fluência", a expressão serve para mostrar, por meio da dança, uma linguagem comum às culturas árabe, espanhola e indiana.

Divulgação Divulgação

As bailarinas Sonia, Deborah e Betty dividem o palco



No palco, cada cultura tem como representante uma bailarina: Betty Gervitz (árabe), Sonia Galvão (indiana) e Deborah Nefussi (espanhola), acompanhadas da cantora Sonia Mindlin. O espetáculo é uma produção conjunta das bailarinas, foi criado em 2006 e teve sua estréia no mesmo ano, no Centro Cultural São Paulo.

Após passar por vários outros palcos da capital paulista, o grupo prepara-se para uma turnê de dois meses no interior do estado. As cidades de Adamantina, Lençóis Paulistas, Votuporanga, Lins, Santa Fé do Sul e Andradina vão receber a peça que faz parte do Circuito Cultural, programa do governo do estado que tem por objetivo descentralizar a arte e a cultura produzidas na capital.

"O motivo principal para a realização deste projeto foi o de levar ao público um olhar apurado sobre a dança, mostrando que é possível encontrar uma língua universal entre os povos, um código fonte que não é falado, mas sim sentido e expresso na forma de dança", explica Betty Gervitz, que se declara uma apaixonada pelos ritmos árabes, "em especial a parte dos beduínos, que são danças mais folclóricas, de raiz, mais em seu estado bruto", diz.

Em busca de novos músicas e danças árabes, a bailarina já viajou para Síria, Líbano, Jordânia e Marrocos. "Minhas viagens sempre são uma mistura de paixão e estudo. Me encantei pelo deserto e pela cultura árabe, em especial a música que considero muito rica, bonita e cheia de meandros", destaca Betty.

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'Com-fluência' mostra uma linguagem comum às culturas árabe, espanhola e indiana

No espetáculo cada rio representa uma cultura. "Assim, as três culturas se fundem e correm no leito virtuoso da dança", explica a bailarina Sonia Galvão. "Neste contexto, mais do que divulgar estilos de dança orientais, este espetáculo leva o espectador à reflexão sobre temas que vão além do domínio artístico", acrescenta.

A apresentação se divide em solo, grupo, percussão e canto. "São várias coreografias com o recheio de uma coisa ou de outra. A parte final une os três etilos numa coreografia que respeita as características de cada dança, mas promove a junção dos três ritmos", diz Sonia, que abre a peça apresentando milenares danças clássicas indianas, como a Odissí, que focam a coreografia em detalhes das mãos, da percussão dos pés e o movimento dos olhos.

A expressão corporal árabe, com seu movimento sinuoso e centrado no quadril, é encenada nas coreografias de Betty Gervitz, especializada em danças orientais. Deborah Nefussi, artista de flamenco e diretora do grupo Raies, dispõe os ritmos hispânicos sob batidas de castanholas.

As bailarinas Cíntia Toma Kawahara e Maria Inês Moane fazem o acompanhamento durante todo o espetáculo. 

Contatos 
Produtora Márcia Cardoso
E-mail: cardoso_marcia@ig.com.br

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