Confira a sinopse dos 6 documentáriios de temática árabe que participaram da 15ª edição do Festival É Tudo Verdade

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A 15ª edição do Festival É Tudo Verdade, terminou no último dia 18 de abril.
71 documentários, vindos de 27 países foram exibidos, entre as produções estão seis que tratam de temáticas relacionadas ao mundo árabe. Veja abaixo as sinopses e quando tiver a oportunidade não perca.
 
Budrus

JULIA BACHA
EUA, PALESTINA, ISRAEL / USA, PALESTINE, ISRAEL

Vilarejo na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, Budrus ocupou as manchetes em 2003, quando foi palco de um inusitado protesto não-violento. O motivo foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras histórica e economicamente importantes. À frente do movimento estava Ayed Morrar, cuja liderança comunitária e pacifista uniu em torno da causa facções palestinas rivais, como a Fatah e o Hamas, e judeus progressistas. Também importante para a mobilização foi Iltezam, a filha de Morrar, que conseguiu uma adesão maciça de mulheres. Ouvindo todos os lados envolvidos, a diretora brasileira de origem libanesa, Julia Bacha, monta um amplo painel de uma situação explosiva no Oriente Médio que encontrou solução por via pacífica.
Min wa Tablo
(Mine & Tablou 2)

HOSSEIN JEHANI
IRAQUE, AUSTRÁLIA / IRAQ, AUSTRALIA

Artista famoso, o iraquiano de origem curda Sarwet Sawz por muito tempo teve de trabalhar desativando bombas para sobreviver. O tempo reduzido das noites, que ele dedicava à pintura, devia ser dividido também entre seus filhos, que ficavam acordados esperando-o. O filme aproveita trechos de um primeiro documentário, feito em 2002, e homenageia Sawz, que morreu num acidente de automóvel.
American Radical: The Trials of Norman Finkelstein
(Americano Radical: As Provações de Norman Finkelstein)

NICOLAS ROSSIER, DAVID RIDGEN
EUA / USA

Filho de sobreviventes de campos de concentração e crítico feroz da política israelense no Oriente Médio, o cientista político e professor norte-americano Norman Finkelstein tem-se mantido, ao longo de sua vida, no centro de acirradas controvérsias. Autor de livros como "A Indústria do Holocausto" e "Imagem e realidade do conflito Israel-Palestina", Finkelstein é tido como lunático ou "uma fraude" por alguns – como o linguista Noam Chomsky e o advogado Alan Dershowitz - e visionário por outros. Suas posições tem-lhe custado um preço, como seu afastamento, em 2007, da De Paul University, onde lecionou como professor-assistente por seis anos. Este filme procura contribuir para uma maior clareza neste debate em torno de uma figura sempre no foco da mídia.
Mamma Habibti
(Mamãe Querida)

BOUTHEYNA BOUSLAMA
SUÍÇA / SWITZERLAND

Depois de ter sua entrada recusada na Romênia por possuir um passaporte árabe, uma jovem mulher, artista e divorciada, finalmente consegue entrar naquele país. Em cartas que escreve à sua mãe, ela revela seu sentimento de humilhação e procura pacificar seus conflitos internos, em busca de uma nova identidade e situação, superando as diferenças culturais e geopolíticas.
 
Stolen
(Roubados)

DAN FALLSHAW, VIOLETA AYALA
AUSTRÁLIA / AUSTRALIA

No momento em que procuram realizar um filme sobre a reunião de famílias dispersas por guerras, organizada pela ONU entre os refugiados do território do Saara Ocidental, há três décadas disputado pelo Marrocos e a Frente Polisário, os cineastas Violeta Ayala e Dan Fallshaw descobrem-se repentinamente no centro de um turbilhão. Depois que os relatos dos saaráuis negros comprovam a persistência de relações de escravidão deles em relação aos árabes, em pleno século XXI e debaixo do nariz da ONU, os diretores passam a correr enormes riscos. Neste terreno minado pelo entrechoque feroz de vários interesses, eles têm de recorrer a um mirabolante esquema para salvar não só os preciosos rolos de seu filme, como sua própria vida.
 
The City of the Dead
(A Cidade dos Mortos)

SÉRGIO TREFAUT
PORTUGAL / PORTUGAL

Em torno das tumbas do cemitério El Arafa, no Cairo, surgiu uma verdadeira cidade, de um milhão de habitantes. Numa convivência estreita e inusitada, mercados, casas, padarias, escolas infantis, oficinas mecânicas e outros estabelecimentos espalharam o burburinho da vida cotidiana entre os túmulos, nesta que é conhecida como "Cidade dos Mortos". Pelas ruas, pastores conduzem seus rebanhos de cabras, não raro cruzando-se com os cortejos fúnebres que, como é de esperar, são frequentes ali. Uma população pobre leva adiante sua luta pela sobrevivência naquele território em que, em princípio, previa-se somente o descanso eterno.
 
Fonte: É Tudo Verdade

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