Campinas faz festival para o café

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

São Paulo – O município paulista de Campinas terá, entre os dias 10 e 14 de novembro, a terceira edição do Campinas Café Festival. O evento, promovido pelo Instituto Jerusalém, tem apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e oferecerá ao público uma programação que inclui atividades culturais, informativas e de lazer com temas envolvendo o café. A cidade tem sua história ligada ao produto, já que foi um dos grandes pólos de cultivo e comercialização da commodity entre o final do século 19 e começo do século 20.

O festival terá na programação uma mostra sobre a história do café e das xícaras, organizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Também haverá degustação olfativa de cafés, na qual as pessoas serão levadas a sentir os diferentes aromas do produto. A atividade será organizada pelas Faculdades de Educação Física, Engenharia Agrícola e Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) fará exposição de tipos de cafés de diferentes fazendas do estado.

Haverá ainda uma tarde de seminário, no dia 12, sobre café e educação, café e economia, café e negócios, além de café e saúde. As atividades vão ocorrer no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS) da Estação Guanabara, na Unicamp, mas no último dia a programação ficará por conta do Sesc Campinas, onde haverá música caipira e café. A abertura do evento também terá música, com show de Margareth Menezes, interpretando canções populares, como de Almir Sater e Milton Nascimento, que mencionam o café.

Além de lembrar a história de Campinas, o festival tem por objetivo promover o café devido sua importância no Brasil. "Somos o primeiro produtor mundial de café arábica, o segundo maior consumidor de café", afirma o superintendente do Instituto Jerusalém, Ali Al-Khatib. Ele diz ainda que o café é um dos alimentos mais "solidários" do mundo, já que as pessoas costumam se reunir para tomá-lo. Khatib ressaltou a importância também da Câmara Árabe na exportação de café brasileiro para os países árabes.

O município de Campinas também abriga a organização que, no Brasil, é referência em pesquisas sobre cultivo de café, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). "Por causa do café Campinas ofereceu ao Brasil seu segundo presidente (republicano)", afirma Al-Khatib, referindo-se a Campos Sales, e lembrando ainda de outros nomes da cidade que ganharam notoriedade, como o compositor de ópera Carlos Gomes. O objetivo do festival, segundo o superintendente, é transformar Campinas na capital brasileira da história e da cultura do café.

De acordo com um dos diretores da Câmara Árabe, Bechara Ibrahim, o apoio ao festival é uma maneira de a entidade ter seus braços para além da capital paulista. Segundo ele, Campinas abriga uma comunidade de árabes e descendentes bastante atuante e tem tradição na promoção de eventos árabes, além de comportar uma região metropolitana bastante populosa. No seminário do festival deverá haver uma palestra sobre negócios com o mundo árabe. O apoio da Câmara Árabe ocorre por meio do Comitê Cultural, do qual Ibrahim é integrante.

Além da Câmara Árabe também dão apoio ao festival a Prefeitura Municipal de Campinas, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, a Cati, a Abic, o IAC, Faculdades de Campinas (Facamp), a Associação Comercial e Industrial de Campinas, o Campinas e Região Convention & Visitors Bureau e o Grupo Bandeirantes de Comunicação, entre outros. São co-promotores o CIS-Guanabara e a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, da Unicamp, e o Sesc-Campinas.

Serviço:

Campinas Café Festival

De 10 a 13 de novembro
CIS da Estação Guanabara – Unicamp
Rua Mário Siqueira, 829 – Botafogo – Campinas – SP

Dia 14 de novembro
Sesc-Campinas
Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim – Campinas – SP

Informações:
Instituto Jerusalém
Telefone: +55 (19) 3243 8329

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