São Paulo Em meio ao burburinho e aos flashes do São Paulo Fashion Week (SPFW), ao menos 15 pessoas têm analisado as novidades das passarelas interessados em fazer bons negócios. São os compradores internacionais que vieram a convite da Associação Brasileira de Estilistas, Abest. Dos 15, duas vieram de países árabes: Sandie Bontout, da Boutique 1 de Dubai, e Malak Beydoun, da Aïshti, de Beirute. Ambas chegaram ao longo da semana e, na quarta-feira, primeiro dia do evento de moda mais badalado do país, elas já acompanharam desfiles como o de Alexandre Hercovitch e da Cori.
A francesa Sandie Bontout, que antes de ir para Dubai trabalhava na Galeria Lafayette, em Paris, já esteve no SPFW duas vezes. Além de acompanhar os desfiles, ela tem circulado pela cidade para conhecer grandes lojas como a Daslu, a rua Oscar Freire e shoppings como o Iguatemi.
Sandie busca roupas e acessórios na linha de moda praia, vestidos longos, saídas de banho, sandálias e acessórios para mulheres usarem à beira da piscina ou para caminhar à beira mar. "O que eu sei que não vou comprar são terninhos e roupas de executiva, já que a nossa clientela é um tipo de mulher que não trabalha e que tem bastante dinheiro", conta.
A Boutique 1 existe há pouco menos de um ano. Antes, a loja era franquia da Villa Moda, um grupo do Kuwait com lojas na Síria e no Catar. "Mas a franquia ficou cara e a proprietária resolveu abrir sua própria loja", conta Sandie, que acredita que o Brasil é o lugar certo para se achar roupas apropriadas para Dubai, já que o clima é parecido.
Além das árabes dos emirados, a compradora da Boutique 1 conta que o segundo maior público da loja são as russas. "Há muitos russos indo para os Emirados passar férias. E, para eles, é muito mais barato comprar lá". Libaneses e europeus também fazem parte da seleta clientela da butique.
Sobre Dubai, Sandie diz que não estava interessada na cidade quando recebeu a proposta de trabalho antes ela vivia em Paris mas sim no novo desafio. "Minha vida não é lá. Passo a maior parte do tempo viajando", diz. Ainda assim, acha a cidade fascinante. "Tudo cresce e muda muito rápido ali".
Ontem, quinta (17), Sandie começou o dia vendo o desfile de Tereza Santos pela manhã. Depois, seguiu para o Shopping Iguatemi, onde entrou em algumas lojas de sapatos, bolsas e moda praia. Ficou especialmente interessada nos sapatos da Zeferino, uma grife nacional de sapatos de luxo, parceria dos empresários Eduardo Rabinovich, Jorge Guimarães e Paulo Borges o criador e organizador do SPFW. Depois, seguiu para o showroom da Osklen e voltou para o SPFW para ver o desfile da Maria Bonita Extra.
Aïshti
A libanesa Malak Beydoun está no Brasil pela primeira vez. Como a loja que ela representa, a Aïshti, uma espécie de Daslu do Líbano, congrega diferentes marcas e tipos de roupa, Malak está atenta a tudo o que vê. Quer tanto conhecer as grifes de roupa femininas mais sofisticadas quanto as marcas de roupas mais jovens. "Quero ir ao showroom da Fórum ver os jeans", conta.
A Aïshti possui diversas lojas no Líbano, incluindo a representação de grandes grifes mundiais, e tem planos para abrir outras tantas nos países árabes vizinhos e até uma na Índia. Durante o SPFW, Malak quer conhecer o máximo de grifes possível, comprar uma coisa ou outra, mas essencialmente fazer contatos para futuras compras. Por hora, Malak tem gostado muito da moda brasileira. "É leve e charmosa", resume.
http://www.anba.com.br/modafranquia.php?id=86
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