A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani não é a única no país que está prestes a ser apedrejada. Outros 24 presos do país se encontram no mesmo corredor da morte, segundo um estudo publicado pelo Comitê Internacional Contra Apedrejamento - ONG que monitora este tipo de execução no Irã. O caso da mulher de 43 anos, condenada inicialmente por adultério e depois por assassinato, ganhou repercussão mundial, tendo inclusive interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e evidencia a gravidade do problema na República Islâmica.
O Irã é, atualmente, o país com o maior número de execuções per capita no mundo - à frente até da China, apontam dados do Comitê e da Organização das Nações Unidas (ONU). "Esse é um regime que apedreja e executa, que prende pessoas todos os dias e corta suas mãos e seus pés", enfatizou Mina Ahadi, porta voz da ONG, em carta aberta ao presidente brasileiro divulgada na última terça-feira. No documento, Mina agradecia a oferta de asilo feita por ele a Sakine Ashtiani, mas pedia que Lula deixe de apoiar o governo de Mahmoud Ahmadinejad.
Somente este ano, de acordo com a Anistia Internacional, o regime iraniano já executou 115 pessoas. Entre elas, estão manifestantes torturados após os protestos contra a reeleição de Ahmadinejad, em junho de 2009, em um pleito marcado por denúncias de fraudes.
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