Trabalho em Dubai

domingo, 6 de janeiro de 2008

Ainda há boas alternativas para quem deseja trabalhar no exterior. A reportagem apurou pelo menos 2.859 vagas para os próximos meses, grande parte para funções que não exige terceiro grau completo, como trabalhadores agrícolas na Nova Zelândia, ou cozinheiros, copeiros e auxiliares de serviços gerais em hotéis localizados em Dubai, nos Emirados Árabes. Os vencimentos variam entre US$ 300 e US$ 1,9 mil ao mês.

Apesar da constante necessidade de trabalhadores menos qualificados, também há vagas para profissionais com nível técnico, tecnológico e universitário. A província de Québec, no Canadá, necessita de 45 mil estrangeiros para trabalhar na região em 2008. Este pessoal tem a perspectiva de inserção por conta do crescimento econômico mundial.

Em alguns países, o contingente populacional não acompanha a ampliação do mercado de trabalho, o que obriga seus governos a importar mão-de-obra qualificada, algo que ocorre também na Nova Zelândia, Austrália, e países em reconstrução, como Angola.
Apesar do déficit populacional, o mercado internacional é extremamente criterioso na seleção de pessoal para compor seus quadros. A dentista Bianca Muriel Class sentiu na pele as dificuldades para conquistar uma vaga lá fora. Há pelo menos dois anos, ela trabalha na Nova Zelândia, como assistente de dentista. Após muita batalha contra a burocracia neozelandesa, ela finalmente conseguiu visto de residente, e vai poder fazer um mestrado numa universidade na terra do kiwi.

“O problema é que com o visto de turista não se pode trabalhar legalmente, daí ter que encontrar alguém que te ofereça emprego, para o qual tu proves ser mais qualificado que as pessoas que vivem aqui; tem que convencer a imigração que eles precisam de ti”, relembra Bianca.

ILEGAL – Algo que sequer pode passar pela cabeça de quem pretende trabalhar no exterior é aventurar-se na informalidade em algum país estrangeiro. Cada vez mais, o mercado internacional fecha o cerco para os ilegais. Há países nos quais é exigido do estrangeiro um certo valor em conta corrente para permanência. Caso não tenha como comprovar o valor, a pessoa é deportada no ato, sem sequer sair do aeroporto.

Por outro lado, algo que tornou menos atrativa a perspectiva de trabalhar no estrangeiro é a valorização do real ante ao dólar americano, e mesmo em relação ao euro. “Em 2002 (com o dólar a R$ 4), faziam fila na porta da minha agência para trabalhar fora, mas isso agora virou lembrança”, observa Marcelo Toledo, diretor-geral da MBrazil Intercâmbio.
Ainda assim, o executivo tem o que comemorar, pois a empresa, com dez anos de mercado, já exportou três mil trabalhadores brasileiros para o exterior. Na MBrazil, estão em curso a intermediação para trabalho em hotéis dos Emirados Árabes, e na agricultura da Nova Zelândia.

Os programas de trabalho neozelandeses chegam a custar R$ 8 mil, enquanto a inscrição para trabalho nos hotéis é gratuita. A MBrazil informa que o resgate do investimento ocorre, em média, em três meses.

Já a província de Québec, no Canadá, faz jus ao slogan de “terra de oportunidades”, com suas 45 mil vagas para trabalhadores do mundo inteiro. O perfil solicitado é de pessoal com formação técnica, tecnológica ou universitária, além de experiência profissional comprovada, ter até 35 anos de idade, e possuir conhecimentos em inglês e francês. Outra fronteira de avanço para a mão-de-obra brasileira é Angola. O país africano ressurge das cinzas, após anos de guerras intestinas.

http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=816057

Site da MBrazil: http://site.mbrazil.com.br/

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