São Paulo Promover o intercâmbio cultural e criar uma rota turística sustentável para o desenvolvimento econômico e aproximação entre os povos no Oriente Médio estão entre os objetivos do projeto "O Caminho de Abraão", desenvolvido por estudiosos da Universidade de Harvard e liderado pelo antropólogo e negociador internacional William Ury. "A idéia do projeto é promover a amizade entre as pessoas, não é um projeto religioso e nem político. É sobre respeito", afirmou Ury ontem (01) à ANBA.
O antropólogo, que está em São Paulo para promover o projeto, disse que a rota turística foi inspirada no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e que a idéia é atrair milhares de turistas como o país europeu atrai. "Não estamos criando algo novo. Estamos renovando. Tirando o pó do caminho", disse Ury.
De acordo com ele, a visão desse projeto é inspirar e promover a abertura de uma rota turística e de peregrinação que reconstitua os passos do profeta Abraão, que deu origem às três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) e que congregam 3,5 bilhões de pessoas no mundo.
O itinerário, que inclui belezas naturais e interesses culturais, leva os turistas a lugares sagrados em Jerusalém, à Mesquita de Ummayad, em Damasco, à Igreja da Natividade, em Belém (Palestina), Urfa e Harrann, na Turquia, e Amã, na Jordânia. Segundo Ury, as pessoas vão poder fazer o caminho a pé, de ônibus, de carro e até a camelo. "É uma viagem para todas as idades e pessoas de todas as religiões", afirmou.
Da cidade de Urfa, onde nasceu Abraão, até a cidade de Hebron, na Cisjordânia, onde está o túmulo do profeta, por exemplo, são 1.200 quilômetros, a mesma distância que tem o trajeto de Santiago de Compostela.
Segundo Ury, parte do caminho de Abraão já está sendo aberto após quatro anos de estudo. Em novembro de 2006, os primeiros passos foram dados com a ida de um grupo de estudiosos de 10 países, inclusive do Brasil. O trajeto teve início em Urfa, depois seguiram para Síria, Jordânia, Palestina até Israel. Desde então, o projeto vem ganhando adeptos e apoio de universidades. No mês passado, um grupo de 20 estudantes da Universidade de Yarmouk, da Jordânia, fez um intercâmbio de duas semanas num vilarejo da cidade de Baoun, no país árabe, com o objetivo de consultar essas comunidades sobre o projeto e aprender um pouco mais sobre elas.
As comunidades locais de cada região também fazem parte do projeto, pois elas vão ajudar a marcar o caminho em conjunto com suas lideranças. "Essa é a mensagem do Caminho de Abraão. De introduzir o respeito e ser hospitaleiro com seus visitantes", disse Ury. Esta semana, um outro grupo universitário vai fazer um intercâmbio na Palestina, na cidade de Nablus, e novamente há um brasileiro na equipe, da Fundação Getúlio Vargas. "A contribuição brasileira ao projeto é essencial. No Brasil há um espírito de fraternidade muito grande e eu espero que muitos brasileiros façam esse caminho, que é muito bonito e cheio de hospitalidade", acrescentou o antropólogo, que lembrou ainda da grande comunidade árabe que existe no Brasil.
Mais para frente, o caminho deverá ser ampliado para abranger também outros países árabes, como Arábia Saudita e Egito. "Vamos passo a passo. É um projeto muito grande e é para uma geração futura", disse Ury, que tem vontade de organizar um grupo brasileiro para fazer o trajeto este ano. Segundo ele, cada país terá uma entidade que será responsável pelo projeto. Na Síria, por exemplo, o projeto já tem apoio do Ministério do Turismo, e será incluída no projeto a visita às duas únicas cidades no mundo que ainda falam aramaico: Maloola e Sydnaia.
No Brasil, um dos diretores do projeto é o empresário Salim Schahin, vice-presidente de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "William é o pai desse grande projeto, que veio para nos unir ainda mais e levar mais prosperidade para o Oriente Médio", disse Schahin.
Ontem foi realizada uma homenagem ao antropólogo em São Paulo. Ele também participou da cerimônia de encerramento do Primeiro Curso Inter Religioso da Iniciativa do Caminho de Abraão. Da Câmara Árabe, também estavam presentes o presidente da entidade, Antonio Sarkis Jr, o vice-presidente de Relações Internacionais, Helmi Nasr, o vice-presidente de Marketing, Rubens Hannun, o secretário-geral, Michel Alaby, e os diretores Mustapha Abdouni, Walter Nori, Bechara Ibrahim e Toufic Sleiman.
Mais informações
Site: www.abrahampath.org
O antropólogo, que está em São Paulo para promover o projeto, disse que a rota turística foi inspirada no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e que a idéia é atrair milhares de turistas como o país europeu atrai. "Não estamos criando algo novo. Estamos renovando. Tirando o pó do caminho", disse Ury.
De acordo com ele, a visão desse projeto é inspirar e promover a abertura de uma rota turística e de peregrinação que reconstitua os passos do profeta Abraão, que deu origem às três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) e que congregam 3,5 bilhões de pessoas no mundo.
O itinerário, que inclui belezas naturais e interesses culturais, leva os turistas a lugares sagrados em Jerusalém, à Mesquita de Ummayad, em Damasco, à Igreja da Natividade, em Belém (Palestina), Urfa e Harrann, na Turquia, e Amã, na Jordânia. Segundo Ury, as pessoas vão poder fazer o caminho a pé, de ônibus, de carro e até a camelo. "É uma viagem para todas as idades e pessoas de todas as religiões", afirmou.
Da cidade de Urfa, onde nasceu Abraão, até a cidade de Hebron, na Cisjordânia, onde está o túmulo do profeta, por exemplo, são 1.200 quilômetros, a mesma distância que tem o trajeto de Santiago de Compostela.
Segundo Ury, parte do caminho de Abraão já está sendo aberto após quatro anos de estudo. Em novembro de 2006, os primeiros passos foram dados com a ida de um grupo de estudiosos de 10 países, inclusive do Brasil. O trajeto teve início em Urfa, depois seguiram para Síria, Jordânia, Palestina até Israel. Desde então, o projeto vem ganhando adeptos e apoio de universidades. No mês passado, um grupo de 20 estudantes da Universidade de Yarmouk, da Jordânia, fez um intercâmbio de duas semanas num vilarejo da cidade de Baoun, no país árabe, com o objetivo de consultar essas comunidades sobre o projeto e aprender um pouco mais sobre elas.
As comunidades locais de cada região também fazem parte do projeto, pois elas vão ajudar a marcar o caminho em conjunto com suas lideranças. "Essa é a mensagem do Caminho de Abraão. De introduzir o respeito e ser hospitaleiro com seus visitantes", disse Ury. Esta semana, um outro grupo universitário vai fazer um intercâmbio na Palestina, na cidade de Nablus, e novamente há um brasileiro na equipe, da Fundação Getúlio Vargas. "A contribuição brasileira ao projeto é essencial. No Brasil há um espírito de fraternidade muito grande e eu espero que muitos brasileiros façam esse caminho, que é muito bonito e cheio de hospitalidade", acrescentou o antropólogo, que lembrou ainda da grande comunidade árabe que existe no Brasil.
Mais para frente, o caminho deverá ser ampliado para abranger também outros países árabes, como Arábia Saudita e Egito. "Vamos passo a passo. É um projeto muito grande e é para uma geração futura", disse Ury, que tem vontade de organizar um grupo brasileiro para fazer o trajeto este ano. Segundo ele, cada país terá uma entidade que será responsável pelo projeto. Na Síria, por exemplo, o projeto já tem apoio do Ministério do Turismo, e será incluída no projeto a visita às duas únicas cidades no mundo que ainda falam aramaico: Maloola e Sydnaia.
No Brasil, um dos diretores do projeto é o empresário Salim Schahin, vice-presidente de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "William é o pai desse grande projeto, que veio para nos unir ainda mais e levar mais prosperidade para o Oriente Médio", disse Schahin.
Ontem foi realizada uma homenagem ao antropólogo em São Paulo. Ele também participou da cerimônia de encerramento do Primeiro Curso Inter Religioso da Iniciativa do Caminho de Abraão. Da Câmara Árabe, também estavam presentes o presidente da entidade, Antonio Sarkis Jr, o vice-presidente de Relações Internacionais, Helmi Nasr, o vice-presidente de Marketing, Rubens Hannun, o secretário-geral, Michel Alaby, e os diretores Mustapha Abdouni, Walter Nori, Bechara Ibrahim e Toufic Sleiman.
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Site: www.abrahampath.org
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