É que a Companhia das Letrinhas acaba de lançar no Brasil o livro dele O Gato e o Escuro (original de 2001 e nestes com ilustrações de Marilda Castanha), uma delicada história sobre um de nossos maiores medos – o escuro. O protagonista, um ser grande inspirador para ele: o gato. Nascido Antonio, "Mia" vem de sua paixão pelos felinos quando criança.
Na obra, a criança ganha mais: o contato com esta escrita que encanta tantos leitores do mundo inteiro. Sua melhor brincadeira? Inventar palavras.
Já é uma delícia o texto que antecede à história e que ele dedica às crianças. Primeiro questiona o fato de uma obra ser "para" crianças. Depois, é uma poesia atrás da outra. "O que me encanta no acto da escrita é surpreender tanto a escrita como a língua em estado de infância. E lidar com o idioma como se ele estivesse ainda em fase de construção, do mesmo modo que uma criança converte o mundo inteiro num brinquedo".
De sua terra, ele exalta a chance de conviver com a prática de contar histórias. "Invento histórias para que a Terra inteira adormeça e sonhe. O escritor traria, assim, o planeta ao colo". Ele diz que aprendeu por lá também que as crianças não sejam só consumidoras de história: mas também produtores de história. "Eu quis muito que meus filhos aprendessem a escutar os outros, escutar a Vida". Ele escreve assim mesmo, com V maiúsculo.
Gente, isso faz muita diferença.
Fonte:
http://lerparacrescer.com.br/
31/07/2008
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